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Ministro da Educação: Enem 2021 pode ser entre outubro e novembro

Milton Ribeiro disse que exame será realizado este ano, um dia após dúvidas sobre calendário em função da falta de recursos

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto
1 de 1 Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto - Foto: Isac Nóbrega/PR

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou nesta sexta-feira (14/5) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não será suspenso neste ano. Segundo ele, as provas devem ocorrer entre “outubro e novembro”.

A declaração do ministro foi dada durante a inauguração de Centro de Ensino Infantil na cidade de Blumenau, no Vale do Itajaí (SC).

Nessa quinta (13), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) negou ao Metrópoles o adiamento da prova deste ano para 2022, após confusão gerada por declarações dadas pelo presidente do órgão, Danilo Dupas Ribeiro durante reunião de trabalho da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Além disso, portaria publicada na quarta (12), no Diário Oficial da União (DOU), trouxe as metas globais do Inep, mas não incluiu a aplicação do Enem 2021. A portaria previu o planejamento e preparação técnica, mas não o exame.

O Enem 2020 também foi aplicado fora de época, com a prova sendo realizada apenas neste ano. O motivo, neste caso, foi a pandemia da Covid-19.

Sem dinheiro

A crise financeira vem ameaçando a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para seis milhões de alunos, o pagamento de bolsas de pesquisas, compra de livros didáticos e até mesmo o funcionamento de universidades federais.

Ministério da Educação (MEC) foi a pasta que mais sofreu cortes no Orçamento em 2021. Como consequência, projetos da pasta ficaram sem recursos para sair do papel.

O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, enviou ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo mais verba para a pasta. Ao todo, o MEC pede que o Ministério da Economia disponibilize R$ 5,3 bilhões.

Segundo o MEC, a verba destinada ao Enem é insuficiente para aplicar a prova a todos os participantes. Também vai faltar recursos para pagar bolsas de 92 mil cientistas, incluindo pesquisadores da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, médicos residentes e para compra de livros didáticos.

Na prática, o MEC quer que a equipe econômica faça o desbloqueio de R$ 2,7 bilhões e a suplementação de R$ 2,6 bilhões.

Para se ter dimensão do problema, somente o Enem custará R$ 794 milhões este ano. O orçamento total do Inep é de R$ 1,183 bilhão, mas seria necessário quase o dobro do dinheiro para atender as necessidades da autarquia.

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