Ministro atribui denúncia de vazamento do Enem a partidos da oposição
O ministro da Educação, José Mendonça Filho, negou que houve vazamento do tema da redação antes da prova
atualizado
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O ministro da Educação, José Mendonça Filho, atribuiu a uma suposta “rede de informações falsas”, que seria sustentada por “partidos políticos” de oposição ao governo federal, a denúncia de que o tema da Redação no Enem de 2016 – “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” – teria vazado antes da realização da prova. Ele negou que tenha havido o vazamento e disse que nem ele mesmo soube previamente do tema da redação – foi informado junto com a imprensa, domingo à tarde.
Sobre as fraudes verificadas nos locais de prova no último fim de semana, o ministro disse que não seria possível aumentar a segurança nestes lugares, a fim de evitar que pessoas entrassem com dispositivos eletrônicos para dar e receber cola. “É o segundo maior exame do mundo, são 8,6 milhões de inscritos, e é absolutamente impossível inviabilizar todas as tentativas de fraude. A atuação do MEC possibilitou as prisões.”“Não houve vazamento. Os temas são distintos, absolutamente divergentes. É uma especulação sobre um vazamento que foi dito que ocorreu em 2015 e que não ocorreu. É uma interpretação absolutamente equivocada, e eu credito isso à mesma rede de difusão de informações falsas, que, de certo modo, atuaram para desestabilizar o Enem. É mais uma informação falsa, patrocinada por redes vinculadas a partidos políticos que desde o início queriam boicotar literalmente o Enem 2016”, afirmou, no Rio. Mendonça participou da entrega de medalhas a cerca de 500 estudantes vencedores da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
Serão anunciados na semana que vem os locais de prova dos dias 3 e 4 de dezembro para quem não fez o Enem nesse fim de semana, em decorrência das ocupações. Os custos dessas novas provas serão cobertos pelo MEC, mas a pasta poderá pedir ressarcimento a responsáveis pelas ações nas escolas caso a Advocacia Geral da União decida nesse sentido, informou o ministro.