“Militares não caíram de Marte”, diz Ricardo Vélez sobre ditadura
Ministro da Educação afirma da que as Forças Armadas foram chamadas pela sociedade para proteger o Brasil “das ameaças do comunismo”
atualizado
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O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, fez uma espécie de análise histórica dos períodos políticos do Brasil desde o período do Império, durante um discurso de mais de 30 minutos na posse do novo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinícius Rodrigues, nesta quinta-feira (24/1). Em várias de suas falas, ele mostrou alinhamento com o pensamento do presidente Jair Bolsonaro (PSL), principalmente em relação ao papel das Forças Armadas no processo que ele chama de “preservação da unidade nacional”. São informações de O Globo.
O ministro reforçou que o regime militar iniciado em 1964 foi uma resposta da sociedade para proteger o Brasil “das ameaças” do comunismo. “Os militares não caíram de Marte. Eles foram chamados pela sociedade brasileira, como uma espécie de poder moderador dos rumos enviesados pelos quais tinha enveredado a República”, afirmou.
A cerimônia de posse do novo presidente do Inep aconteceu na sede do Instituto, em Brasília, e também serviu para apresentar os novos diretores do Instituto e o chefe de gabinete. O ministro Ricardo Vélez elogiou o papel do Inep no que ele chama de preservação da “memória da educação” no Brasil. “É a memória da nossa cultura e identidade. É a nossa caixa preta onde guardamos os grandes a segredos da nossa sociedade. Uma caixa preta do bem”, comparou.
O novo presidente do Inep, em seu discurso, agradeceu a Deus e ao presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que pretende construir uma escola que “respeite valores, família e que seja apartidária”. “Quero agradecer a Deus e aos meus pais pelo acesso a uma educação sólida”, falou.
“Agradeço a Jair Bolsonaro, que trouxe esperança aos brasileiros, de tanto ver se agigantar o poder dos maus. Precisamos de uma nova escola, que respeite valores, família e que seja apartidária. Escola que tenha resistência à ideologia, sem pseudointelectuais. Queremos uma reconstrução educacional do Brasil”, afirmou Marcus Vinícius Rodrigues.
“Que Deus nos oriente”
Segundo ele, sua gestão vai rever processos e o modelo organizacional do Inep. E diz ter elencado, num documento a ser divulgado no futuro, 32 prioridades para sua gestão. “Queremos fazer uma revisão criteriosa dos modelos de avaliações e exames. Priorizar a valorização e capacitação dos professores. Sou brasileiro, do Ceará. Quero que nosso nome volte a ser escrito em verde e amarelo. Que Deus nos oriente nessa missão de mudar a educação do Brasil”, encerrou.