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MEC pede que escolas façam vídeos das crianças cantando Hino Nacional

A mensagem solicita ainda que seja lida para os pequenos uma carta do ministro Ricardo Vélez Rodríguez que termina com o slogan do governo

atualizado

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FAC apoia projetos que incentivam a formação de novos leitores e a criatividade
1 de 1 FAC apoia projetos que incentivam a formação de novos leitores e a criatividade - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

O Ministério da Educação (MEC) mandou, nesta segunda-feira (25/2), para todas as escolas do país um e-mail pedindo que as crianças sejam perfiladas para cantar o Hino Nacional e que o momento seja gravado em vídeo e enviado para o governo.

O e-mail pede ainda que seja lida para elas uma carta do ministro Ricardo Vélez Rodríguez que termina com o slogan do governo: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

“Prezados diretores, pedimos que, no primeiro dia de volta às aulas, seja lida a carta que segue em anexo nesta mensagem, de autoria do ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, para professores, alunos e demais funcionários da escola, com todos perfilados diante da bandeira do Brasil (se houver) e que seja executado o Hino Nacional”, diz o texto.

A carta foi enviada para escolas públicas e particulares do país. “Isso é ilegal, o MEC não tem competência para pedir nada disso aos colégios”, diz o diretor da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), Arthur Fonseca Filho.

Diretores de escolas ficaram chocados com conteúdo da carta, principalmente por causa do pedido para filmar as crianças. “Solicita-se, por último, que um representante da escola filme (pode ser com celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do Hino Nacional. E que, em seguida, envie o arquivo de vídeo (em tamanho menor do que 25 MB) com os dados da escola”, diz no corpo do e-mail.

Anexada, o MEC enviou uma carta assinada pelo ministro, que, segundo a recomendação, deveria ser lida aos estudantes. Procurada, a assessoria de imprensa do ministério informou que a carta é apenas uma recomendação e não uma ordem.

Confira o documento na íntegra:Divulgação

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