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Inep anula Enem de participantes indiciados por fraude

Operação Jogo Limpo, deflagrada pela Polícia Federal, apontou indícios de fraudes nas provas de 13 participantes, em 2015 e 2016

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1 de 1 Imagem colorida de pessoa marcando gabarito de prova - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) decidiu anular o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 13 participantes que foram indiciados por crime de fraude em certames de interesse público. O Inep também encaminhará ofício ao Ministério da Educação para que as instituições nas quais os participantes estão matriculados tomem as medidas administrativas cabíveis.

O indiciamento dos 13 beneficiados por fraude é resultado da operação batizada como Jogo Limpo, deflagrada pela Polícia Federal deflagrada em duas fases. Entre os acusados, três fizeram o Enem em 2015 e mais dez participaram em 2016. Segundo o Inep, a maioria está matriculada em cursos de medicina e odontologia em universidades federais das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

No primeiro caso, dois irmãos e um primo se inscreveram para fazer a prova do Enem em uma pequena cidade do Maranhão. Os três solicitaram atendimento específico para sabatistas para se beneficiarem do confinamento e realizarem a prova em mesma sala, após o pôr do sol.

Esses três participantes tiveram gabaritos idênticos no primeiro dia de prova, sábado; e divergentes no segundo, quando não havia confinamento para sabatistas. Todos foram selecionados para vagas em universidades públicas do Nordeste.

Já no ano passado, foram encontrados indícios de fraudes por estudantes que realizaram as provas nos estados de Amapá, Ceará, Pará e Piauí.

Além da anulação dos resultados das provas, a Polícia Federal sugeriu ao Inep o reforço dos procedimentos de segurança na administração dos cadernos de provas. A adoção de provas identificadas com nome e número de inscrição será adotada no Enem 2017.

O Inep também está monitorando o caso de 13 participantes que fraudaram o Enem 2013. Essa operação, batizada “Hemostase”, foi deflagrada pela Superintendência Regional de Minas Gerais. Ainda em setembro, deve ser concluído um terceiro inquérito policial deflagrado em 2016, também em parceria do Inep com a PF, a “Operação Embuste”. (Com informações da Agência Brasil)

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