Evasão escolar é de 11,2% no ensino médio, aponta censo do MEC
Número de estudantes nessa etapa do ensino caiu de 8,3 milhões em 2013 para 7,9 milhões em 2017
atualizado
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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quarta-feira (31/1) o Censo da Educação com o balanço de 2017. O levantamento mostra uma queda no número de estudantes no ensino médio. Em 2013, eram 8,314 milhões de matriculados. No ano passado, o número foi de 7,930 milhões, em 2016 o país tinha 8,133 milhões de alunos nessa fase. A taxa de evasão é alta nessa etapa: 11,2% abandonam as salas de aula, segundo a pasta.
No ensino fundamental, foram registradas 12,019 milhões de crianças matriculadas em 2017. Uma redução em relação a 2016, quando havia 12,249 milhões de estudantes. Mesmo com a queda, o MEC considera o resultado positivo.
Segundo o censo, na faixa de 6 a 14 anos, 99,2% da população brasileira está matriculada em uma instituição de ensino. Entre os 11 e 14 anos, o índice é de 98,9%. O Brasil fechou o ano com 67,9 mil creches em funcionamento, nas quais estavam 3,4 milhões de crianças matriculadas. Já na pré-escola, foram 5,1 milhões de matrículas.EJA
Um dos efeitos da evasão escolar é o aumento dos jovens e adultos matriculados no EJA, o programa fechou 2017 com 3,6 milhões de alunos nessa opção de estudo, se revelando uma opção para os desistentes.
A ministra da educação substituta, Maria Helena de Castro, explica que o ideal é que o estudante faça todas as séries de maneira regular e que o número de adesões ao EJA revela um outro problema.
“Ainda temos elevadas taxas de analfabetismo na faixa etária de pessoas com mais de 18 anos. É inaceitável imaginar que uma pessoa de 20 anos seja semianalfabeta ou até analfabeta”, disse a ministra da educação substituta, Maria Helena de Castro.
Falta de estrutura
Os números do Censo Escolar indicam ainda que a estrutura física é um dos pontos fracos da educação. Um percentual de 61,1% das creches não têm banheiro adequado à educação infantil. No ensino fundamental, o levantamento registrou escolas sem vasos sanitários (8,2%), salas de leitura e bibliotecas (45,7%) e laboratórios de ciências (88,5%).
Os problemas de estrutura ocorrem também no ensino médio. Nessa etapa, há escolas sem água da rede pública (10,7%), biblioteca (12%), banheiro adequado para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida (37,%) e laboratórios de ciências (54,6%).