Estudantes e professores dão dicas para brilhar nesta edição do Enem
Se você ainda está na metade dos estudos ou ainda vai intensificá-los, fique ligado nestas dicas importantes para o sucesso no exame
atualizado
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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a prova mais importante para ingressar em uma universidade pública ou privada no Brasil, ocorrerá nos dias 4 e 11 de novembro. Com 5.513.662 milhões de inscrições confirmadas, de acordo com o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, a edição deste ano segue à risca a do ano passado, quando foi decretado dois domingos seguidos para os candidatos responderem os cadernos avaliativos.
Segundo o professor de história Fábio Santos Rei, do Colégio Alub, a iniciativa ainda é considerada nova e os candidatos estão em dúvida acerca dos benefícios de realizar o exame em dois dias. Para ele, a tática pode influenciar tanto negativa quanto positivamente o resultado da segunda fase de provas. Isso porque, se o aluno achar que foi bem na etapa inicial, irá confiante para finalizar a avaliação. Se não, ocorrerá o reverso.
Faltando apenas duas semanas para a primeira fase do teste, os estudantes já sentem a pressão, mas a aliviam com momentos de lazer. Concentrada nos estudos desde fevereiro deste ano, Roberta Martins Lopes, 17 anos, do Colégio Sigma, afirma estar tranquila com os resultados obtidos até agora. Portanto, não está apreensiva e prefere descansar um pouco. “Acho que deve haver um equilíbrio, porque estudar demais estraga o emocional e não favorece no bom desempenho em relação à prova”, ensina.
A estudante, visando um curso na área de ciências biológicas na Universidade de Brasília (UnB), revela como guiou seus esforços até o atual momento. Com horário estabelecido, alternando aprendizado e lazer, Roberta resolveu questões de exames anteriores e focou conteúdos que mais caíram em outras edições do Enem. Como complementação, ela é orientada por professores e também comparece a aulões preparatórios em sua escola.
Vinicius Oliveira Sampaio, 17, também estudante do Sigma, envereda pelo mesmo caminho de Roberta. Porém, um pouco mais compenetrado, já que não pretende prestar o teste novamente. Estudando desde abril durante cinco horas todos os dias, o adolescente declara estar ansioso. “Tenho esperança de, no próximo ano, não precisar passar por tudo isso de novo”, completa Vinicius, que pretende cursar medicina na UnB.
A estratégia de Roberta – assim como as horas bem aproveitadas de Vinícius – é uma das melhores, como explica Fábio Rei, do Alub. De acordo com o professor, nessa reta final, é ideal que o estudante faça uma revisão completa do que já aprendeu. Assim, enquanto refaz certames antigos, o candidato pode tirar dúvidas com professores, ficar mais antenado sobre os assuntos e até conseguir um controle de resistência a sua volta.
Controle de resistência é importante
Conhecido por conter longos textos, o Enem pode demandar muito tempo. Para se familiarizar com o horário estipulado para responder todas as questões, Rei sugere que o estudante faça um controle de resistência. Mas como isso funciona?
Realizar um simulado com o mesmo número de perguntas da prova é fundamental para o candidato chegar ao dia decisivo em condições de enfrentar seu maior inimigo: o tempo. Em casa, é vital ter clareza sobre horários, a fim de ficar mais tranquilo durante o teste propriamente dito. Com isso, pode-se observar quantas horas são necessárias para a conclusão dos questionários e também para escrever a redação.
“Estou na metade dos estudos” e “Ainda nem comecei”
Outro detalhe imprescindível é a manutenção da calma. Fábio Rei explica que, para não haver desespero, o estudante pode canalizar pensamentos positivos e ficar ciente de estar dando o melhor de si. Ele enfatiza, porém, que não é hora de desanimar, principalmente para quem está na metade dos estudos.
O docente, no entanto, pede para o aluno não errar na estratégia e decidir estudar tudo de uma vez. “É bom pedir ajuda de um professor e conciliar o tempo que você tem para os estudos”, orienta. A situação se estreita para quem ainda nem deu início aos preparativos. “Poderia ter começado ‘para ontem'”, alerta o profissional.
Acompanhar videoaulas, ler apostilas e refazer outras provas do Enem podem impulsionar o conhecimento do candidato. Entretanto, mais uma vez: é preciso não tentar estudar tudo junto. Rei aponta que o prazo ideal de organização é de, no mínimo, seis meses. Assim, a poucos dias do exame, o professor admite: “Começar agora é uma preparação de risco”.
Para tentar recuperar o tempo perdido, Rei também sugere que o estudante, se empregado, peça férias do trabalho e, se possível, frequente um cursinho. Com a carga de estudos, pode ser que essas duas semanas restantes garantam bons resultados.
Fique ligado: saiba como fazer uma boa prova
A máxima para realizar uma boa prova, de acordo com o professor Fábio Rei, é dormir bem na noite anterior. Descansar pode fazer a diferença, assim como não ficar tentando estudar em cima da hora ou relembrando assuntos didáticos.
Rei aconselha o estudante a realizar a avaliação com confiança e manter a calma do início ao fim. Nas questões mais complicadas, recomenda-se fazer os exercícios mais fáceis primeiro. Dessa forma, o candidato adquire mais autocontrole, além de ter mais tempo para refletir sobre as consideradas difíceis.