Estados têm autonomia sobre policiais armados em escolas, diz ministro
Camilo Santana afirmou que Ministério da Educação (MEC) prepara programa de construção de círculos de paz nas escolas de todo o país
atualizado
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O ministro da Educação Camilo Santana afirmou, nesta quinta-feira (13/4), que estados e municípios têm autonomia para decidir se vão contratar policiais ou vigilantes armados para atuarem na segurança de escolas. Medidas do gênero têm sido anunciadas por gestores locais após o aumento de ataques e ameaças.
“A escola tem de garantir segurança para todos. Estados e municípios têm autonomia para tomar decisões em relação a colocar ou não policiais armados nas portarias”, defendeu o ministro em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews.
Camilo ressaltou que sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reúna governadores, prefeitos, representantes da Justiça, do Congresso Nacional e da sociedade para discutir o problema. “Para que a gente possa fazer uma grande mobilização, dentro do papel de cada ente, para que a gente possa vencer esse problema enfrentado nesse momento, que não é um problema fácil. Isso é o reflexo da sociedade que nós estamos vivendo, que vem estimulando nos últimos anos a violência, a intolerância, o medo, o armamento, o problema da falta do controle das nossas plataformas digitais”, explicou o titular da Educação.
De acordo com o ministro, a pasta está em diálogo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a criação de um programa de construção de círculos de paz nas escolas, com mediação de conflitos e aplicação de justiça restaurativa.
“Hoje à tarde, por exemplo, eu vou ter uma reunião com secretários estaduais de educação, virtual, e municipais, pra ouvi-los e apresentar uma proposta que nós vamos fazer aos secretários nessa indução desses círculos de construção de paz e discussão com os jovens dentro das escolas”, disse Camilo.