“Escolas cívico-militares não serão prioridade”, diz Camilo Santana
Ministro da Educação, Camilo Santana participou da sessão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (12/4)
atualizado
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O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quarta-feira (12/4) que a instalação de escolas cívico-militares não será prioridade do Ministério da Educação (MEC) neste governo. O titular da pasta participou da sessão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
“Eu não revoguei. O programa continua, só não será nem prioridade nem estratégia do MEC, neste governo, criar novas escolas [cívico-militares] através do MEC. Vou discutir com estados e governadores que já implementaram, para definir o que nós vamos fazer com essas 202 escolas, de forma democrática e respeitosa”, disse o ministro.
A presença de Camilo Santana foi aprovada na comissão para um balanço das ações do MEC nos 100 primeiros dias de governo, além de questionamentos sobre o programa de escolas cívico-militares apresentados pelos deputados federais Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).
“Nós temos 138 mil escolas neste país. A adesão a esse programa foi mínima, meu caro deputado, representou 0,28% das escolas. Pode rir, não tem problema, eu respeito. Você sabe quanto recurso foi disponibilizado? R$ 98 milhões. Sabe quanto estados e municípios gastaram? 0,24% do dinheiro que está lá, para estados e municípios gastarem com essa política. Só foi executado o que nós passamos para o Ministério da Defesa”, respondeu o ministro.
Sobre os recentes ataques às escolas, Camilo Santana afirmou que a situação não ocorre apenas no Brasil. “Não é um problema simples, reflete a nossa sociedade, o estímulo ao ódio, à intolerância, à violência, ao armamento”, destacou.
O ministro defendeu o fortalecimento de um programa psicossocial nas escolas brasileiras, a regulamentação das redes sociais e a punição para quem comete crimes de ódio nos ambientes virtuais.