Enem 2019: confira as principais mudanças na prova para este ano
Na segunda reportagem da série sobre o exame, o Metrópoles mostra as alterações para os candidatos ficarem atentos
atualizado
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Após incertezas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) confirmou a realização das provas para os dias 3 e 10 de novembro. No entanto, o processo seletivo deste ano terá algumas mudanças, com o objetivo de diminuir o custo e aumentar a segurança. Na segunda reportagem da série sobre o Enem 2019, o Metrópoles mostra as principais alterações.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Institucionais Anísio Teixeira (Inep), as alterações dizem respeito, principalmente, à aplicação da prova. Nesta edição, até mesmo os lanches serão revistados para evitar cola. Além disso, informa o presidente do órgão, Alexandre Lopes, caso o celular do aluno toque dentro da sala, o candidato será desclassificado. “Antigamente dependia do fiscal de prova, agora não. Mesmo que o aparelho esteja na mesa, lá na frente”, alertou em conversa com o Metrópoles.
Lopes informa que a questão do celular segue orientação da Polícia Federal e já foi testada na realização do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). “Não há como garantir que não houve nenhuma transmissão de informação”, comentou.
Neste ano, a coleta de digital também será diferente. O Inep informou que, ao invés de usar uma lâmina de grafite individual, o fiscal de prova usará uma pequena esponja que pode ser usada mais de 3 mil vezes.
Em relação à estrutura da prova, não haverá mudanças no número de questões, mas as folhas para rascunho serão retiradas. Para que os alunos não fiquem sem espaço para fazer anotações, haverá espaços no fim dos cadernos para fazer cálculos e esboçar a redação.
Na etapa inicial do processo seletivo, o MEC também promoveu alterações, como a opção de incluir foto na página do participante, além do valor da inscrição — que passou de R$ 82 para R$ 85.
Com as mudanças anunciadas pelo Inep, os educadores devem ficar atentos para orientar corretamente os estudantes que farão a prova. Para a professora de ciências da natureza do colégio Marista João Paulo II, Rosely Soares, acompanhar as alterações no exame é fundamental. “Normalmente, os professores são a maior fonte de informação do aluno. Eles se preocupam em tirar as dúvidas e entender o que é cobrado no dia da prova“, afirmou.
Para preparar os alunos, a escola promove simulados nos moldes das regras do Enem. Se um aluno esquecer o documento de identidade, por exemplo, ele fica impedido de fazer o teste, explica Rosely. Por isso, o colégio faz questão de reforçar todas normas a serem seguidas no dia do exame.
“No caso dos lanches, se o estudante não estiver a par das mudanças, pode chegar a perder os alimentos e prejudicar o desempenho durante o exame”, destacou Rosely.
Outra mudança importante, na opinião da docente, é a inserção de espaço para rascunho. “Certas questões têm cálculos longos e os alunos podem acabar se perdendo e errando a resposta. Ter um espaço para organizar e acompanhar o raciocínio é fundamental”, avaliou.
Cronograma
Apesar das turbulências que deixaram dúvidas sobre a realização do Enem neste ano, o presidente do Inep informou que o exame segue o cronograma normal. “Todas as etapas estão sendo cumpridas, sem intercorrência. Prova disso é que o Encceja foi organizado para três milhões de pessoas, já passamos por essa prova de fogo”, indicou.
Após polêmica que envolveu uma questão da última edição do Enem sobre o pajubá, expressão usada pelo público LGBT, e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicar que “tomaria conhecimento da prova antes”, Lopes informou não houve qualquer interferência no exame. “Eu não li a prova, o ministro não leu, o presidente não leu”, afirmou.
No próximo fim de semana, confira como se preparar para a redação do Enem e garantir a nota máxima.