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Crise no MEC: governo exonera seis servidores do alto escalão

A Pasta, no entanto, minimizou as demissões dizendo que, por se tratar de cargos de confiança, são passíveis de exoneração

atualizado

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ministério da educação MEC
1 de 1 ministério da educação MEC - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

No início da noite desta segunda-feira (11/3), edição extra do Diário Oficial da União trouxe a exoneração de seis servidores do Ministério da Educação (MEC). Os funcionários eram todos do alto escalão e perderam seus cargos com a recente crise instalada na Pasta.

Foram exonerados o chefe de gabinete do ministro Ricardo Vélez Rodrigues, Tiago Tondinelli, e o secretário-executivo adjunto, Eduardo Miranda Freire de Melo. Além disso, foi oficializada a saída do diretor de programa da Secretaria-Executiva do ministério, coronel Ricardo Wagner Roquetti. O militar foi alvo de um pedido de demissão do escritor Olavo de Carvalho, referência intelectual do clã Bolsonaro.

Deixaram a Pasta ainda: Claudio Titericz (diretor de programa da Secretaria-Executiva do Ministério da Educação), Silvio Grimaldo de Camargo (assessor especial do ministro da Educação) e Tiago Levi Diniz Lima (diretor de Formação Profissional e Inovação da Fundação Joaquim Nabuco).

O DOU também nomeou três pessoas para as vagas: Josie Priscila Pereira de Jesus será a nova chefe de gabinete do ministro Ricardo Vélez Rodríguez; Robson Santos da Silva exercerá o cargo de diretor de Formação Profissional e Inovação da Fundação Joaquim Nabuco; e Rubes Barreto da Silva será o novo secretário-executivo adjunto da diretor de Formação Profissional e Inovação da Fundação Joaquim Nabuco.

Entenda
No domingo (10), após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez decidiu exonerar o coronel-aviador da reserva Ricardo Wagner Roquetti do cargo de diretor de programa da Secretaria Executiva da pasta.

O militar da Aeronáutica estava no centro de uma disputa envolvendo os “olavistas”, que são os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, militares e técnicos em cargos comissionados no ministério. No fim de semana, componentes do grupo de Olavo de Carvalho, o guro da Educação do presidente, acusaram Roquetti de “isolar” o ministro Vélez e de ser responsável pelo afastamento deles.

Na tarde desta segunda, um motim dentro do MEC teria começado para enfraquecer e derrubar Vélez Rodríguez. Funcionários ligados ao filósofo Olavo do Carvalho passaram a levantar nomes de possíveis substitutos alinhados ideologicamente a eles. O movimento mostra que há três linhas diferentes dentro da Pasta: ideólogos, militares e técnicos.

Pouco antes da edição extra do DOU, o Ministério da Educação divulgou uma nota, dizendo que nada irá atrapalhar o combate à corrupção, “conduzido por equipes cujo compromisso não será outro senão realizar o ordenamento jurídico, suas regras, princípios e valores”. No texto, o MEC minimizou ainda as demissões dizendo que, por se tratar de cargos de confiança, são passíveis de exoneração. “

“As movimentações de pessoal e de reorganização administrativa, levadas a efeito nos últimos dias, em nada representam arrefecimento no propósito de combater toda e qualquer forma de corrupção. Ademais, envolveram cargos e funções de confiança, de livre provimento e exoneração”, completa a nota.

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