Com pandemia, abstenção da Fuvest aumenta e chega a 13,2%
O número é superior ao da edição anterior, que registrou 7,9%, e é considerado um dos maiores do últimos anos
atualizado
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Com a pandemia da Covid-19, o vestibular Fuvest 2021 teve um total de 17.210 abstenções, 13,2% em relação aos 130.678 candidatos inscritos.
De acordo com os dados divulgados pela entidade neste domingo (10/1), o número é superior ao da edição anterior, que registrou 7,9%, e considerado um dos maiores do últimos anos. Segundo especialistas, os candidatos deste ano encontraram uma prova tradicional e com poucas mudanças.
Para Edmilson Motta, coordenador Geral do Grupo Etapa, o vestibular apresentou apenas uma característica que a difere das edições anteriores: a falta de cálculos na prova de matemática.
“É uma matéria que sempre chama a atenção pela dificuldade, mas este ano isso não aconteceu. Tiveram diversas questões bem diretas e com enunciados simples de entender”, diz, explicando que o modelo escolhido pode ter relação com a pandemia da Covid-19.
“Talvez haja alguma intencionalidade por conta do contexto para que os candidatos não façam tantas contas durante a prova”, continuou.
Em termos de dificuldade do vestibular, Motta explica que cada disciplina apresentou um nível diferente. “Ao mesmo tempo que nos surpreendemos com a prova de matemática, tiveram matérias com dificuldades um pouco maiores. Foi o caso de biologia, que costumava ser um teste mais direto, e português, que apresentou diversas questões gramaticais no estilo antigo. Isso deve ter surpreendido muitos estudantes, já que é uma disciplina que certamente é considerada mais difícil”, afirma.
No caso da prova de português, os participantes tiveram de responder questões sobre pronomes e tempos verbais, assuntos atípicos nos vestibulares atuais. Além disso, a Fuvest voltou a apostar em perguntas que envolvem o conhecimento de mais de uma matéria. “Teve uma de biologia com literatura, outra de literatura com química… Eles também exploraram os anunciados com análise de gráficos de tabela”, diz o coordenador.