Colaboradores do Enem reclamam de auxílio de R$ 7 para alimentação
Para profissionais que atuarão em dois dias de prova, auxílio é insuficiente, pois o serviço é prestado das 7h às 20h
atualizado
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Colaboradores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 reclamam do valor correspondente ao auxílio-alimentação que receberão para trabalhar nos dois dias de aplicação da prova – 4 e 11 de novembro.
De acordo com documento oficial obtido pelo Metrópoles, cada prestador de serviço poderá contar com R$ 7, por dia, como “ajuda de custo para o lanche”.
Ainda segundo o informe, essa quantia e a remuneração dos colaboradores são depositadas nas contas bancárias dos coordenadores de cada local de aplicação. Eles ficam responsáveis por efetuar os pagamentos das respectivas equipes envolvidas.
Confira o documento obtido pelo Metrópoles:
ENEM 2018 – Circular Equipe de Aplicação – Pagamento by Metropoles on Scribd
Um dos colaboradores indignados com o baixo valor reservado para a alimentação afirmou à reportagem que, no ao passado, o pagamento para custear a refeição dos profissionais durante os dias de trabalho foi um pouco inferior: R$6.
Na época, informou o colaborador sob condição de anonimato, um kit – com leite achocolatado, pão de queijo e maçã – foi oferecido aos prestadores de serviço para atuarem no local de prova das 7h até as 20h por dia. Para o almoço, ainda de acordo com o colaborador, integrantes da equipe fizeram uma vaquinha e contrataram uma pessoa para entregar marmitas.
Atuam na realização e fiscalização dos dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio coordenadores estaduais, municipais e os denominados de “local de aplicação” de provas. A força-tarefa também conta com a atuação de certificadores, que podem ser assistentes de aplicação, chefes de sala, aplicadores de exame e volantes, além de fiscais de banheiro, entre outros.
A escolha dos colaboradores ocorre por meio das bancas responsáveis por aplicar as avaliações. Ou seja, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Cesgranrio selecionam nomes de pessoas que se cadastraram em seus sites para trabalharem em processos seletivos. O pagamento efetuado pela FGV correspondente a cada cargo consta na tabela do documento acima.
Segundo o Inep, servidores públicos também podem se candidatar para as vagas, dentro do prazo previsto no edital, por meio de cadastro na página da Rede Nacional de Certificadores (RNC).
Após a seleção, os colaboradores escolhidos passam por um curso de capacitação virtual e prático para estarem aptos a aplicar as provas e terem conhecimento sobre todas as diretrizes constantes no edital.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a assessoria de comunicação do Inep para questionar se os recursos para custear o pagamento dos colaboradores, bem como para o auxílio-alimentação, são repassados pela autarquia às bancas responsáveis pela aplicação das provas. A reportagem também perguntou se o valor de R$ 7 para auxílio-alimentação foi fixado pela entidade. No entanto, o Inep não forneceu resposta até o fechamento da matéria.
A Fundação Getúlio Vargas também foi acionada, mas não se manifestou até a publicação do conteúdo.
A assessoria de comunicação da Cesgrario afirmou ao Metrópoles que não pode responder aos questionamentos enviados por e-mail, pois não possui autorização do Ministério da Educação para falar sobre o assunto.