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Chegada de tecnologia em sala de aula promove revolução no aprendizado

De aplicativos e plataformas de streaming a conteúdos de realidade virtual, a inovação tem transformado a forma de ensinar

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Senai
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1 de 1 tecnologia-educacao - Foto: Senai

Ter um laboratório de informática dentro de uma escola nos dias de hoje não é mais o suficiente para atender a demanda digital da nova geração de alunos nascidos e criados na era da internet. Os chamados nativos digitais são hiperconectados e desassociar isso do ensino não é possível. Com auxílio de lousas digitais, mecanismos de realidade aumentada, laboratórios de robótica, plataformas on-line de estudo, games e diferentes aplicativos, as instituições de ensino, professores e pais têm reavaliado a forma de educar.

Aliar tecnologia com educação de qualidade é um desafio que vem promovendo revolução nas salas de aula. Afinal, o modo pelo qual o conteúdo é apresentado ao aluno faz diferença na forma como ele é absorvido.

Dados da pesquisa TIC Educação, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em 2017, apontam que celulares e outros dispositivos digitais são usados por 52% dos alunos de escolas com turmas de 5º ano, 9º ano do Ensino Fundamental, e/ou 2º ano do Ensino Médio localizadas em áreas urbanas.

Especialistas acreditam que, com tecnologia disponível em sala de aula, é possível aumentar a qualidade do ensino, o engajamento dos alunos, melhorar a relação aluno/professor e ainda auxiliar na redução do índice de evasão escolar. Sancionado em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) contempla na meta 7, item 12, o uso da tecnologia integrada à proposta pedagógica com objetivo de melhorar o fluxo escolar e da aprendizagem para Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Vinícius Santa Rosa/MetrópolesKauã Praça faz robótica e usa aplicativos de games para aprender inglês: “a gente aprenda com mais facilidade”

 

Há mais de 10 anos integrando a equipe do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Adriana Silvia Vieira acredita que, sozinha, a tecnologia não resolve os principais gargalos da educação brasileira. “Tecnologia e educação têm de estar aliadas a políticas públicas maiores, como a valorização dos professores, melhoria na infraestrutura”, destaca a coordenadora de tecnologias digitais do Cenpec. “Embora as pesquisas mostrem avanço, o que pesa ainda é o compasso entre a realidade do mundo digital e as escolas”, pondera Adriana.  

Para a especialista, os processos de integração da educação e tecnologia têm de estar associados a práticas inovadoras na educação. “Se for para reproduzir práticas mais conservadoras de transmissão de conhecimento, não vai colaborar em nada. Os processos atuais devem explorar metodologias mais ativas com os alunos no centro do processo de aprendizagem”, finaliza Adriana.


Uso de aplicativos
Em algumas matérias específicas, a tecnologia consegue ser ainda mais bem-sucedida. Por exemplo, no ensino de ciências e de exatas, o estímulo digital auxilia os alunos a visualizarem melhor os conceitos, transformar números e equações em gráficos digitais e verem o resultado de seus experimentos. Hoje, no mercado, há aplicativos para todas as disciplinas e faixas etárias.

Matemática ou geometria podem, sim, ser muito divertidas, basta contar com a ajuda de aplicativos como o Geogebra ou Socrative. Um dos mais famosos é o Minecraft Educação, que já foi adotado por mais de 1.000 escolas em 40 países. Espécie de Lego virtual, Minecraft é um game de construção de blocos que permite ao jogador montar uma série de objetos, de pequenas casas a grandes castelos e cidades inteiras. O aplicativo pode ser usado para diferentes conteúdos, desde literatura até educação financeira.

O estudante do ensino fundamental Kauã Praça Piva, 9 anos, estuda em um colégio de Brasília que está alinhado com a nova realidade e, por isso, é totalmente familiarizado com a linguagem digital, bem como com o uso de computadores, celular, plataforma de streaming, além de videogame. Porém, aguarda com ansiedade a chegada do tablet nas aulas de robótica. Ele afirma que prefere o dispositivo aos livros didáticos tradicionais. “Acho que a gente aprenda com mais facilidade”, aponta Kauã. Além das aulas de robótica, o menino utiliza aplicativos de jogos nas aulas de inglês.

Tendências digitais
Os avanços tecnológicos da última década têm exercido papel fundamental na diversificação das formas de aprendizagem. Além do uso de celulares em sala de aula, aplicativos, entre outras ferramentas digitais, a tecnologia possibilita maior expansão no ensino a distância e na inclusão de alunos com deficiência ou dificuldades de aprendizagem.

Para a coordenadora de tecnologias digitais do Cenpec, que atua na área há muito tempo, uma das principais tendências para os próximos anos é o desenvolvimento de ferramentas que utilizem a inteligência artificial em sala de aula como apoio à prática docente.

As plataformas de ­e-learning, por exemplo, são espaços difusores de conteúdo bastante usados em cursos de formação continuada de professores. Adriana afirma que a instituição é responsável por ministrar vários módulos para aproximar os professores das práticas on-line.

“Todo mundo convive com tecnologia. O professor também é um usuário. Basta entender como integrar as tecnologias para melhorar a prática em sala de aula, estimulando um uso que faça sentido”, conclui a especialista.

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