Candidatos que fraudaram Enem 2016 serão eliminados, diz Inep
Em nota, instituto informou que vai responsabilizar pessoas envolvidas em fraudes e pediu à SSP-DF informações em caráter de urgência
atualizado
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), encarregado pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país, afirmou nesta segunda-feira (30/10) que vai eliminar candidatos aprovados por meio de fraude nas provas do ano passado. A decisão foi tomada após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizar operação para desarticular grupo especializado em burlar seleções públicas no DF e em Goiás.
Diante da notícia sobre a prisão preventiva de cinco investigados, três detenções temporárias e condução coercitiva de oito pessoas, o Inep encaminhou ofício à Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (SSP-DF) para obter informações em caráter de urgência, uma vez que, segundo a Polícia Civil, o Enem 2017 seria o próximo alvo da quadrilha. As provas desta edição começam no domingo (5/11).
“A partir das informações obtidas e do que for constatado, o Inep tomará as providências cabíveis, delimitando as responsabilidades, eliminando eventuais beneficiários de esquemas fraudulentos na edição de 2016”, informou o instituto, em nota divulgada na tarde desta segunda (30).
No texto, o Inep anunciou reforço no esquema de segurança do Enem 2017. “Pela primeira vez, as provas serão personalizadas, com identificação do nome e número de inscrição”, detalhou o instituto. Além disso, pela primeira vez, será usado detectores de ponto eletrônico.
“Todos os requisitos de 2016 foram garantidos, como a identificação biométrica, o detector de metal nas portas de banheiros e escoltas para entrega das provas”, disse o Inep. O instituto ainda acrescentou que o Enem é realizado em parceria com o serviço de inteligência da Polícia Federal.