Bolsonaro diz que Educação não pode piorar: “Estamos em último”
O titular do MEC, Abraham Weintraub, vem sendo criticado por erros nas notas do Enem e suas dificuldades ortográficas
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quarta-feira (19/02/2020), que a “vantagem” da educação no Brasil é que não tem jeito de piorar mais. Recentemente, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, passou a ser questionado por uma série de erros na divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e por erros de ortografia recorrentes.
Segundo o mandatário da República, já estamos em “último lugar” nessa área. “A vantagem da educação no Brasil é que a gente não pode piorar mais. Já estamos em último lugar. Tanto é que forma jornalistas incompetentes”, disparou, aproveitando para alfinetar novamente a mídia.
“Não sabem diferenciar um artigo definido, no singular, de um indefinido. Não adianta. Fala ‘um’, eles botam ‘o’”, disse Bolsonaro, em conversa com um admirador na portaria do Palácio da Alvorada.
Na última terça-feira (18/02/2020), o chefe do Executivo nacional mirou a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S. Paulo, ao dizer que ela queria dar “um furo” contra ele a “qualquer custo”, fazendo, na sequência, insinuações sexuais.
A jornalista foi responsável pela série de reportagens que revelou um esquema de disparo de mensagens via WhatsApp em favor de Bolsonaro, então candidato à Presidência. Em audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, Hans River, ex-funcionário de uma empresa responsável por esse tipo de serviços, disse que a repórter havia feito “insinuações sexuais” para ter acesso a informações.
O ex-funcionário foi desmentido pelo jornal e inclusive criticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que lembrou o fato de que mentir durante audiência de comissões de inquérito é crime. O presidente da República, porém, repercutiu com seus apoiadores a fala já desmentida.