Após MEC, subcomissão do Senado também quer discutir Novo Ensino Médio
Senadores membros da Comissão de Educação aprovaram criação de subcomissão para debater o formato do ensino médio
atualizado
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A Comissão de Educação do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (14/3), a criação de uma subcomissão temporária destinada a debater o Novo Ensino Médio. O colegiado, que terá duração de 180 dias, será composto por 10 senadores, tendo cinco parlamentares titulares e número equivalente de suplentes.
O pedido pela instalação da comissão partiu da senadora Teresa Leitão (PT-PE). A petista argumenta, no requerimento, que as mudanças no ensino médio têm sido alvo de críticas por parte dos docentes e entidades educacionais.
O Ministério da Educação (MEC) também iniciou, em paralelo, as discussões sobre uma reforma no ensino com entidades representativas do setor educacional, além das secretarias estaduais de educação, movimentos sociais e com a academia.
A senadora argumenta ainda que a implantação do novo formato do ensino médio sofreu duramente com o impacto da pandemia da Covid-19 na rotina educacional dos jovens.
Além da petista, integrarão a subcomissão os senadores Augusta Brito (PT-CE), Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO), Marcos Pontes (PL-SP) e Izalci Lucas (PSDB-DF).
Revogação descartada
Recentemente, o ministro da Educação, Camilo Santana, sinalizou que revogar a reforma não está no radar do governo federal. Ele defendeu uma revisão do Novo Ensino Médio durante agenda em Recife (PE), onde participou da cerimônia de posse da presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Márcia Angela Aguiar.
“Não é questão de revogar. O [Novo] Ensino Médio está em andamento. O que nós estamos colocando é criar um grupo de trabalho, que será oficializado por portaria. Vamos reunir todos os setores para discutir”, afirmou, na ocasião.
“Queremos fazer pesquisas, consultas, se forem necessárias, on-line, a professores e à comunidade acadêmica. Também fazer seminários e reunir os estudiosos para que a gente possa, numa discussão coletiva, melhorar o que puder ser melhorado no ensino médio”, prosseguiu.