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Weintraub: “Educação em prática” não é atalho para melhorar nota

Programa lançado pelo governo vai oferecer a estudantes do 6º ao 9º ano e ensino médio a oportunidade de usar as estruturas de faculdades

atualizado

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André Borges/ Especial para o Metrópoles
Abraham Weintraub franze os olhos
1 de 1 Abraham Weintraub franze os olhos - Foto: André Borges/ Especial para o Metrópoles

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta quarta-feira (06/11/2019) que instituições que não possuírem uma boa avaliação, mas aderirem ao programa Educação em Prática, não serão beneficiadas.

O programa, lançado na tarde desta quarta, prevê que instituições de ensino superior ofereçam, de forma voluntária, seus espaços ociosos ao governo, para que alunos do ensino fundamental II e ensino médio utilizem as estruturas e os professores das faculdades parceiras para oferecer atividades de ensino em tempo integral.

Com isso, as universidades que aderirem ao programa poderão ter um bônus na avaliação institucional realizada pelo MEC, por meio do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes).

“Faculdade ruim que achar que [o programa] pode ser um atalho pra melhorar a nota, não vai melhorar. O programa não serve de atalho para instituição ruim. Instituições ruins não serão beneficiadas, só instituições boas que tiverem uma avaliação boa”, afirmou o ministro.

O secretário de Educação Básica, Jânio Macedo, disse que a avaliação das instituições não será “inflada”. Segundo ele, as notas das universidades só serão adicionadas se estiverem acima da nota mínima de qualidade.

Questionado, o Ministério da Educação não soube definir o que seria uma nota ruim, mas afirmou que ainda serão construídos parâmetros para avaliar as universidades que aderirem ao programa.

Além disso, o MEC informou que não haverá transferência de custos a nenhuma das universidades que aderirem ao projeto.

Programa Educação em Prática
O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta quarta-feira (06/11/2019) o programa Educação em Prática, que faz com que instituições de ensino superior ofereçam, de forma voluntária, seus espaços ociosos ao governo, para que alunos do ensino fundamental II e ensino médio utilizem as estruturas e os professores das faculdades parceiras para oferecer atividades em tempo integral.

De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o objetivo do programa é fazer com que o jovem seja inserido nas universidades ainda na educação básica, para que ele tenha noção de como funciona o ensino superior antes de integra-lo.

O lançamento é uma tentativa do governo de fazer algo em relação à reforma do ensino médio, aprovada em 2017.

As universidades, centros e faculdades darão suporte à implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que definiu os chamados “itinerários formativos”: uma formação em que o estudante pode escolher a área de conhecimento ou formação técnica a partir de suas preferências.

Segundo o MEC, o Brasil possui 2.152 instituições de ensino superior privadas e 296 públicas, além de 38 institutos federais e dois Centros Federais de Educação Tecnológica. A adesão poderá ser feita ainda este ano e a implementação começa a ser feita em 2020.

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