Educação: atual ministro tentou dar cargo a pastor lobista, diz jornal
Arilton Moura está no centro de polêmica sobre propinas e favorecimento de prefeitos para verbas do FNDE no MEC
atualizado
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O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, teria atuado para conceder cargo comissionado ao pastor Arilton Moura no MEC. A informação foi revelada nesta quarta-feira (4/5), pelo jornal Folha de S.Paulo.
Em novembro de 2020, Veiga, então secretário-executivo da pasta, enviou ofício em que pedia a nomeação do religioso como gerente de projetos da secretaria-executiva.
O nome, porém, teria sido negado pela Casa Civil em dezembro do mesmo ano. Arilton é apontado, ao lado do também pastor Gilmar Santos, como responsável por negociar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para prefeitos, além de pedir propinas para os gestores municipais.
Veja o ofício que comprova a tentativa de nomeação:
Entre as propinas solicitadas em troca da liberação de verbas para obras nos municípios, estariam barras de ouro. Em áudio, o ex-ministro Milton Ribeiro, afastado do cargo depois da divulgação do escândalo, chegou a mencionar que a atuação informal dos pastores teria aval do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mesmo sem cargo formal no governo, Arilton e Gilmar estiveram ao menos 127 vezes no FNDE e no MEC, além de 35 vezes no Palácio do Planalto.
Até a publicação desta reportagem, a Presidência e o Ministério da Educação não haviam se manifestado.
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