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Eduardo Bolsonaro: militarismo é um “clamor do povo” para trazer harmonia

O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o STF e defendeu que uma intervenção militar pode acalmar a briga entre Poderes

atualizado

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Eduardo Bolsonaro
1 de 1 Eduardo Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu que a intervenção das Forças Armadas pode servir de “pano quente” na crise entre os três Poderes e que é a única forma de “reestabelecer a harmonia” na República, ao contrário do Supremo Tribunal Federal (STF). As críticas à Corte foram feitas em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (28/05).

Aos jornalistas, o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) citou o golpe de 1964 como exemplo de “clamor popular” pela intervenção militar, e sugeriu que fato semelhante pode ocorrer na atualidade, com os desentendimentos entre o executivo e o Judiciário.

“E vou me valer de novo das palavras de Ives Gandra Martins: o poder moderador para reestabelecer a harmonia entre os Poderes não é o STF, são as Forças Armadas”, defendeu. “Eles [Forças Armadas] vêm, põem um pano quente, zeram o jogo e, depois, volta o jogo democrático. É simplesmente isso”, continuou.

Uma guerra foi traçada entre Bolsonaro, ministros e apoiadores contra o STF, devido inquérito que investiga possíveis atos de corrupção do presidente, além de assimilar membros do governo com a propagação de Fake News. A discussão entre os poderes também foi implantada com as divergências de opiniões sobre a pandemia do novo coronavírus. Desde então, admiradores do mandatário pedem o fechamento da Corte e do Congresso Nacional, além da intervenção dos militares.

Eduardo lembrou que, no momento do golpe militar, o Brasil passava por uma instabilidade política e que a população pediu para que as Forças Armadas ajudassem o país.

“Os militares só entraram em ação depois do clamor popular. Ninguém quer isso. No entanto, as pessoas que não conseguem enxergar dentro do STF e no Congresso instrumentos para reverter esse tipo de desarmonia entre os Poderes, eles se abraçam no artigo 142”, afirmou.

Crise contra o Supremo

Sobre a crise cravada contra o Supremo, o deputado culpabilizou os ministros do STF por “esgarçar” a briga. “Nesse momento ninguém deseja conflito, mas os ministros [do STF] estão esgarçando essa corda”, comentou. “Muita gente acha que é tudo arquitetado. O gabinete do ódio é falácia”, insistiu.

Desde que a operação contra as Fake News foi deflagrada na quarta-feira (27/05), bolsonaristas e investigados cercaram o relator Alexandre de Moraes, o acusando de perseguição.

“Não é todo o Supremo. Mas eu, como deputado, ainda acredito que tenho direito para falar o que penso. O Alexandre extrapolou todos os seus limites. Isso é uma vergonha para o STF. A população enxerga a atuação como um todo”, defendeu. “A população elege um presidente para quebrar uma década de corrupção. Todos estão enxergando que ele é vítima. Hoje [quinta] ele fez um desabafo. E o golpe final do Alexandre Moraes contra os conservadores foi a busca e a apreensão”, continuou, ao argumentar a favor do mandato do pai.

Apesar de ser veementemente contra a operação que investiga notícias falsas, nenhuma das ações cita ou envolveu diretamente o presidente.

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Ministro Alexandre de Moraes
Ministra Cármen Lúcia
Entendimento firmado pelo Supremo deverá ser aplicado em casos similares que tramitam em todas as instâncias judiciais
Ministra Cármen Lúcia e ministro Dias Toffoli
Dias Toffoli
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Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília

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Ministro Alexandre de Moraes

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Entendimento firmado pelo Supremo deverá ser aplicado em casos similares que tramitam em todas as instâncias judiciais

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Ministra Cármen Lúcia e ministro Dias Toffoli

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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli presidiu a corte de setembro de 2018 a setembro de 2020

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Colegiado reunido no STF

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Plenário do Supremo Tribunal Federal

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Fachada do STF

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