Eduardo Bolsonaro e comitiva vão à Argentina apoiar Milei em eleição
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro assinou, com outros 68 deputados, carta de endosso ao candidato de extrema-direita
atualizado
Compartilhar notícia
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) irá acompanhar as eleições da Argentina no domingo (22/10). O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fará a viagem “em missão oficial” com os colegas Rodrigo Valadares (União-SE) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Eles endossaram a candidatura do economista Javier Milei, de extrema-direita, para a presidência do país.
Os três assinaram, junto a outros 66 deputados, uma carta de apoio a Milei, divulgada nesta quinta-feira (19/10). Segundo eles, o candidato “tem representado para os argentinos e para o mundo, especialmente para o Brasil neste momento, o enfrentamento às ameaças e ataques dos seus adversários políticos”. O economista é o favorito ganhar o pleito de domingo após vencer as eleições primárias na Argentina com 30,06% dos votos.
No texto, os signatários criticaram os últimos governos da Argentina e destacaram a “maior crise econômica, política e moral de sua história”, causada, segundo eles, por medidas “públicas assistencialistas empregadas há anos”.
Os parlamentares também repudiaram uma suposta tentativa de interferência do governo brasileiro na corrida eleitoral por um desejo de “inclusão forçada da Argentina no bloco econômico Brics“.
Para eles, a vitória de Milei representaria “uma esperança de mudança e renovação para o povo argentino e para América Latina, que clamaria por mais liberdade e menos opressão“.
Nessa terça-feira (17/10), o ex-presidente Bolsonaro fez postagem em apoio ao economista. Bolsonaro prometeu ir à posse caso Milei ganhe a eleição presidencial.
Quem é Milei?
Nascido em Buenos Aires e formado em economia pela Universidade de Belgrano, o autodeclarado “anarcocapitalista” pertence à coalizão política Liberdade Avança. O grupo, liderado pelo próprio Milei, defende tendências conservadoras em temáticas sociais e postura liberal em assuntos econômicos.
Entre suas propostas, está a ideia de fechar o Banco Central da Argentina – para essa ação, ele usa o termo “dinamitar”. Admirador de políticos como Donald Trump e Jair Bolsonaro, o argentino defende a liberação de armas e acredita que o discurso de mudanças climáticas é uma farsa.
Filho de um empresário do transporte e de uma dona de casa, ele chegou a sofrer bullying em sua época de estudante. O político acusa os pais de serem violentos. Por isso, foi criado pela avó materna e pela irmã, Karina.