Eduardo Bolsonaro defende Gayer após operação da PF: “Perseguição”
Eduardo Bolsonaro criticou momento da ação da PF, a dois dias das eleições, e questionou imparcialidade de Moraes em investigações
atualizado
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou apoio público a Gustavo Gayer (PL-GO), alvo da Operação Discalculia, deflagrada nessa sexta-feira (25/10) pela Polícia Federal (PF).
A operação investiga um esquema de desvio de cota parlamentar e falsificação de documentos para a criação de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Também deputado federal, Gayer é investigado por suspeita de envolvimento nos crimes e reagiu às buscas com acusações contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele recebeu imediato respaldo de Eduardo Bolsonaro.
Em suas redes sociais, o terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou o momento da operação, realizada a dois dias do segundo turno das eleições municipais, no qual Fred Rodrigues, aliado de Gayer, disputa a prefeitura de Goiânia.
“Independente do mérito, AM/PF [Alexandre de Moraes e Polícia Federal] tinham urgência em desencadear operação 2 dias antes da eleição contra o Dep. Fed. Gayer (PL-GO)? Justamente contra o maior aliado do candidato Fred Rodrigues”, escreveu Eduardo Bolsonaro.
O filho “zero-três” do ex-presidente reforçou o apoio ao colega de partido, afirmando que a operação gera uma percepção de “perseguição” contra figuras políticas de direita.
“Mas mais uma vez o tiro sairá pela culatra, pois neste cenário o que transparece aos olhos do povo é a perseguição e, logo, todos se comovem em favor do perseguido. É como num filme do Rocky Balboa. Todo apoio ao Dep. Gayer”, disse o parlamentar.
Operação da PF
A Operação Discalculia apura supostas fraudes envolvendo a criação de uma Oscip. De acordo com a PF, a entidade teria sido fundada com documentos retroativos a 2003, nos quais constam assinaturas de pessoas que, à época, teriam entre 1 e 9 anos, o que levantou suspeitas de falsificação.
Além disso, o foco da operação inclui crimes como peculato-desvio (uso indevido de recursos públicos), falsidade ideológica e formação de associação criminosa.
Em um vídeo divulgado após a ação da PF, Gayer classificou a operação como uma tentativa de retaliação e culpou Alexandre de Moraes pelas buscas.
O deputado também acusou a Polícia Federal de agir como “jagunço de ditador”, alegando que a corporação agiu de forma excessiva ao confiscar seu celular e outros dispositivos eletrônicos.
“Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país”, declarou Gayer.