Eduardo Bolsonaro compara Lula a Hitler por fala sobre aborto. Vídeo
Deputado federal afirmou que o presidente da República chamou “bebês” de monstros para desumanizá-los com a intenção de “assassiná-los”
atualizado
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou uma rede social nesta quinta-feira (20/6) para comparar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Adolf Hitler.
Eduardo Bolsonaro diz na gravação que Lula usaria a estratégia de desumanizar inocentes “para depois assassiná-los”. A fala do deputado foi em referência a uma frase dita por Lula sobre o aborto durante uma entrevista à rádio CBN na terça-feira (18/6).
“O Lula diz que os bebês gerados a partir de violações das mulheres são monstros. Esse certamente é o comentário mais preconceituoso que eu já vi na política nacional brasileira.”
Lula respondia a uma questão sobre supostamente ter subestimado a capacidade da Câmara de propor pautas como o Projeto de Lei (PL) 1.904, conhecido como PL do Aborto, quando disse “Que monstro vai sair do ventre desta menina?”. O texto do PL equipara o aborto praticado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.
“Nós temos que respeitar as mulheres. Elas têm o direito de ter um comportamento diferente e não querer. Por quê que uma menina é obrigada a ter um filho de um cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre desta menina?”, disse Lula.
Na sequência, Lula critica a maneira como a questão tem sido debatida. “Então, esta discussão é um pouco mais madura. Não é banal como se faz hoje. E o cidadão diz que fez um projeto para testar o Lula.”
Para Eduardo Bolsonaro, o presidente estaria repetindo uma estratégia utilizada por Hitler. “O Lula está fazendo igualzinho a Hitler desumanizando inocentes para depois assassiná-los. Bebê não é monstro, monstro é quem defende o assassinato dos bebês.”
O PL 1.904 está em tramitação na Câmara dos Deputados e teve a tramitação em caráter de urgência aprovada em votação simbólica. No entanto, após repercussão negativa, o presidente da casa, deputado Arthur Lira (PL-AL) afirmou que o debate sobre o assunto será debatido apenas no segundo semestre deste ano.