Eduardo Bolsonaro compara deputadas de esquerda à “gaiola das loucas”
Por meio das redes sociais, o filho 03 de Jair Bolsonaro defendeu o discurso misógino do parlamentar Éder Mauro na CCJ nesta quinta (8/4)
atualizado
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Após o deputado federal bolsonarista delegado Éder Mauro (PSD-PA) dirigir diversas ofensas machistas à deputada Maria do Rosário (PT-RS), nesta quinta-feira (8/4), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também deputado federal, compartilhou uma publicação nas redes sociais para apoiar o parlamentar. Além dos ataques, Mauro destilou diversas fake news a respeito de partidos de esquerda.
No Twitter, Eduardo Bolsonaro apoiou o colega bolsonarista, com um discurso igualmente misógino.
Veja:
Parece, mas não é a gaiola das loucas, são só as pessoas portadoras de vagina na CCJ sendo levadas a loucuras pelas verdades ditas pelo Dep. @EderMauroPA 1.000° 🔥 pic.twitter.com/sdO75DfsA0
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) April 8, 2021
O caso que originou o post de Eduardo ocorreu durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Na ocasião, a deputada Maria do Rosário havia contrariado uma fala de Éder Mauro e, com isso, o parlamentar teria dito que chamaria um médico para ajudá-la, sugerindo que ela estaria exaltada e com problemas.
“Agora eu queria perguntar a essas comunistas que estão do outro lado escondidas em casa: quem foi que deixou o país na corrupção?”, disse o deputado.
Em seguida, Mauro teria começado a disseminar fake news, como a que envolve sexo sendo implantado em escolas para crianças por partidos de esquerda.
Gerou processo
A atitude do parlamentar Eduardo Bolsonaro ocasionou uma revolta entre integrantes da bancada feminina da CCJ. Em razão disto, a deputada Joice Hasselmann (PSL- SP) vai protocolar uma ação judicial contra o filho 03 do presidente, por quebra de decolo parlamentar, no Conselho de Ética.
De acordo com a parlamentar, o documento será assinado pelas deputadas de todos os partidos. Segundo Hasselmann, as deputadas também acionarão a Procuradoria Geral da República (PGR) para denunciar Eduardo Bolsonaro por ter ultrapassado os limites da imunidade parlamentar. Ou seja, o ato seria enquadrado como crime comum.