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Vídeo: “Sobrevivência”, diz fundador da Chilli Beans sobre aposta no digital

A marca, que sempre apostou em lojas chamativas em locais com grande circulação, teve que fechar temporariamente as portas de 917 unidades

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1 de 1 Abre_Entrevista_Caito_Maia - Foto: Metrópoles

Em entrevista ao Metrópoles, o fundador da rede mundial de óculos Chilli Beans, Caito Maia, afirmou que apostar na tecnologia e no mercado digital em meio à pandemia de Covid-19 foi uma questão de “sobrevivência”. A marca, que sempre apostou em lojas chamativas em locais com grande circulação de pessoas, teve que fechar temporariamente as portas de 917 unidades por conta das medidas de restrição em todo o país.

“[Apostar na tecnologia] é uma coisa de sobrevivência. Se você não fizer, você morre. O que a gente fez foi começar a exercitar o único canal que a gente tinha, que era o online. E aí começamos a trazer tecnologia. E, no ano passado, quando estava tudo fechado, o site da Chilli Beans cresceu 600%”, afirmou (confira a partir de 0’39).

 

De acordo com ele, a empresa investiu quase R$ 3 milhões em tecnologia ao longo de 2020. “A grande mensagem é que no meio da guerra você não pode ficar parado. Se parar o sangue esfria, então a gente tem que se mexer”, afirmou. Na avaliação de Maia, a pandemia “sacudiu o mundo” e “abriu milhões de possibilidades”. “Fechou portas e abriu portas magníficas. Agora, nos próximos três, quatro, anos vai pintar muita oportunidade.”

Diálogo

Caito Maia cobrou mais diálogo do governo federal com os empresários. “O governo e as empresas têm que andar juntos, têm que construir juntos a quatro mãos. Acho que falta muita comunicação. Muitas vezes eu sinto que o governo tem boa vontade, mas ele coloca dinheiro onde a gente não precisa, e não coloca dinheiro onde a gente precisa. Eu sinto, não só do governo Bolsonaro, desde sempre, que falta comunicação entre governos e empresários. Não adianta eles tentarem adivinhar quais são as nossas necessidades”, alegOU o empresário, em entrevista à jornalista Talita Laurino (10’03’‘).

Na lista de queixas do empresariado, o fundador da Chilli Beans destacou a “complicada” política tributária e a carga de impostos “gigantescas”. Maia também disse temer “mudanças bruscas” no comando do país. “O maior risco que eu tenho no meu negócio hoje é o governo. Esse para mim é a maior preocupação que eu tenho hoje de mudanças bruscas, de ‘cavalos de pau'”, completou Caito (9’19’‘).

Bolsa de valores

Questionado sobre a possibilidade da entrada da Chilli Beans na bolsa de valores brasileira, Caito Maia evitou dizer sim ou não. O empresário afirmou que o cenário econômico “retrógrado e burocrático do Brasil” afugenta novas empresas.

“Esse cenário retrógrado e burocrático do Brasil afugenta qualquer um. Ao mesmo tempo, a gente tem empresas sensacionais no Brasil. A bolsa de valores do Brasil é muito neném ainda, tem muito o que crescer. E eu te falo o motivo porque eu não decidi ainda se vou ou não vou [para a bolsa de valores]: nós somos uma empresa saudável. Eu não quero ir para o mercado só para pegar dinheiro, eu não preciso de dinheiro. Eu quero montar um plano. Se esse plano realmente fizer sentido no mercado, eu vou, se não, eu não vou”, afirma (8’20”).

A seguir assista ao Metrópoles Entrevista com Talita Laurino:

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