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Veja como sistemas de pagamentos iguais ao PIX funcionam em 56 países

Relatório mostra lugares onde há meios de pagamentos eletrônicos em tempo real

atualizado

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Ao menos 56 países ao redor do mundo têm, atualmente, um sistema de transferências instantâneas – como o PIX, novo meio de pagamento desenvolvido pelo Banco Central (BC), que vai ser ampliado no próximo dia 16.

O dado consta no estudo Flavors of Fast, recém-publicado pela FIS, fornecedora mundial de soluções de tecnologia para comerciantes, bancos e empresas do mercado de capitais. A íntegra do relatório pode ser adquirida aqui.

O levantamento aponta para um aumento em relação a 2019 e evidencia que a pandemia do novo coronavírus acelerou a mudança para o digital. No ano passado, 50 países tinham um sistema de pagamentos instantâneos.

São considerados como pagamentos instantâneos os sistemas de transferência em que o dinheiro cai em tempo real. É necessário também que a transação possa ser feita 24 horas por dia, em sete dias da semana e nos 365 dias do ano.

O Brasil possui, desde 2002, um sistema de pagamentos instantâneos: o Sistema de Transferência de Fundos (Sitraf), que possibilita aos bancos trocarem entre si mensagens eletrônicas de pagamentos.

No entanto, o Sitraf é limitado às instituições financeiras. Já o PIX será operado restritamente a partir de 3 de novembro e, no dia 16, ampliado a toda a população. Até o momento, mais de 50 milhões de chaves foram registradas.

Os bons exemplos

De acordo com o relatório da FIS, a Índia lidera o ranking dos países com os maiores números de transações instantâneas. Desde 2019, o país asiático realizou cerca de 41,4 milhões de transações em tempo real por dia.

O país é considerado um exemplo a ser seguido, uma vez que conseguiu incluir nos sistemas milhares de indianos sem conta em banco. “A Índia é um país continental”, ressalta o consultor de negócios da Matera Fabiano Amaro.

Hoje, a população tem dois sistemas de pagamento em tempo real. O primeiro deles, lançado em 2010, é o IMPS, que funciona de forma parecida ao TED no Brasil, exigindo uma série de dados pessoais. Em 2016, foi lançada a UPI.

A UPI – Interface Unificada de Pagamentos – aproveita, segundo a FIS, a “alta propriedade de smartphones da Índia para alimentar várias contas bancárias em um único aplicativo móvel para qualquer banco participante”.

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“O aplicativo combina recursos bancários, roteamento de fundos e pagamentos de comerciantes em um local móvel sempre ativo”, descreve o relatório, ao apontar que, em meados de 2018, foi lançado a versão 2.0 do sistema.

Outro exemplo aprovado pelos especialistas é o do Reino Unido. Criado em 2008, o Faster Payments tem grande adesão, com média de 7 milhões de transações diárias, num total de 5,4 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 39,5 bilhões).

“Eu diria que o Banco Central do Brasil aprendeu bem olhando esses modelos”, afirma Fabiano Amaro. Veja, a seguir, a lista de todos os países que têm um sistema de pagamentos instantâneos, tal como o PIX:

Os casos da China e dos EUA

Para entender as particularidades do PIX, o consultor de negócios da Matera cita o chinês Internet Banking Payment System (IBPS). O país tem o segundo maior número de transações instantâneas por dia (38,3 milhões).

O cenário de pagamentos digitais chinês é dominado pelos aplicativos WeChat, da Tencent, e AliPay, do grupo Alibaba. Segundo o estudo Flavors of Fast, as duas carteiras combinadas detêm cerca de 90% do mercado.

“A China tem um real time [pagamentos em tempo real] tido em muitos lugares como uma baita referência, mas o país não teve o desafio de interoperabilidade, como acontece no Brasil”, explica Amaro.

“Então, na China, como não tem vários players, é um duopólio. É como se tudo fosse transferência entre duas contas”, complementa o especialista, ao comparar com o Brasil, que tem várias bandeiras de cartão de crédito.

Nos Estados Unidos o ecossistema de instituições financeiras e de pagamentos é bem maior se comparado ao Brasil, o que aumenta a competitividade, mas dificulta a elaboração de um sistema único no país.

“Os Estados Unidos têm, desde 2017, um sistema de pagamentos em tempo real, o RTP, mas não é tão eficiente – e tem custos. Lá, tem mais de 10 mil bancos, então o desafio é maior e acabam usando arranjos privados”, afirma.

No entanto, o Federal Reserve (FED), o Banco Central americano, anunciou o lançamento do FedNow, que vai funcionar de forma semelhante ao PIX. A previsão é de que o serviço comece a ser usado entre 2023 e 2024.

Segundo descrição do FED, “empresas e indivíduos poderão enviar e receber pagamentos instantâneos de maneira conveniente e os destinatários terão acesso total aos fundos em segundos, dando-lhes maior flexibilidade”.

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