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Veja as medidas de pacote econômico anunciado por Bolsonaro

Entre as ações tomadas pelo governo está a criação de linha de crédito de R$ 40 bilhões para pagamento de pessoal

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Bolsonaro com os presidentes da Caixa e Banco Central
1 de 1 Bolsonaro com os presidentes da Caixa e Banco Central - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao lado dos presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, e do BNDES, Gustavo Montezano, anunciaram uma série de medidas para amenizar os efeitos econômicos do novo coronavírus.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (23/03), a equipe do governo afirmou que dará socorro às pequenas e médias empresas e mudará regras do cheque especial. Confira as principais medidas do pacote econômico:

Socorro a pequenas e médias empresas

A medida de maior impacto econômico entre todas as anunciadas nesta sexta é o auxílio ao pequeno e ao médio empresário que estiver em dificuldades de quitar a folha de pessoal. Ao todo, R$ 40 bilhões serão destinados exclusivamente ao pagamento de funcionários.

A medida tem validade de dois meses e prevê atendimento a todas as empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. A expectativa é que 1,4 milhão de empresas possa se beneficiar e 12,2 milhões de empregados sejam atendidos.

Essa ação específica limita ao pagamento de até dois salários mínimos por empregado. Aqueles que recebem mais do que isso deverão negociar o restante com as empresas, que poderá desembolsar o complemento.

O juros incidente sobre os empréstimos é o da taxa básica, hoje em 3,75% ao ano. As companhias terão seis meses de carência nas parcelas e pagamentos em até 36 meses, mas ficam condicionadas a não demitir nos próximos dois meses.

Redução dos juros

O governo determinou a redução a 2,9% da taxa de juros do cheque especial e do crédito rotativo do cartão de crédito. No ano passado, o governo já havia limitado a 8% a cobrança do crédito especial.

“Ainda é alto, reconhecemos, mas até poucos meses era de 14% ao mês”, afirmou Bolsonaro.

Linha de crédito para Santas Casas

O chefe do Executivo alegou ter uma dívida de gratidão com as Santas Casas e anunciou uma linha de financiamento de R$ 5 bilhões para elas, com juros a 10% ao ano.

“Até pouco tempo era 20%, quem deve 20% vai caia automático. Quando eu falo em reconhecimento é primeiro a Deus e aos profissionais da Santa Casa de Juiz de Fora, que salvaram minha vida”.

Bolsonaro foi atendido na Santa Casa do município mineiro após ser esfaqueado por Adélio Bispo em ato de campanha, em setembro de 2018. Ele chegou a demonstrar intenção de doar o excedente de campanha à entidade, mas não teve o pedido atendido por resistência do seu partido, à época o PSL, e pela legislação eleitoral.

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