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“Vamos transformar essa crise em geração de empregos”, diz Guedes

Ministro afirmou que a melhor resposta à desaceleração da economia mundial é o prosseguimento das reformas estruturais

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1 de 1 paulo guedes - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (09/03), antes da abertura do mercado brasileiro, que a melhor resposta à desaceleração da economia mundial, fruto do surto do novo coronavírus, é o prosseguimento das reformas estruturais.

“Vamos trabalhar, vamos transformar essa crise em crescimento, vamos transformar essa crise em geração de empregos”, afirmou a jornalistas ao chegar ao Ministério da Economia.

O ministro citou as reformas administrativa (que mexe com as carreiras dos servidores públicos) e tributária (para simplificar os impostos), cujas propostas do governo ainda não foram enviadas ao Congresso Nacional, e as propostas do pacto federativo (que faz uma redistribuição de recursos entre União, estados e municípios) e da emergência fiscal (prevê, entre outras coisas, o corte de salário e jornada de servidores para reduzir os gastos obrigatórios), enviadas ao Congresso no fim do ano passado pela equipe econômica.

“Temos de manter absoluta serenidade e a melhor resposta à crise são as reformas. Vamos mandar a reforma administrativa, o pacto federativo já está lá, vamos mandar a reforma tributária e seguir nosso trabalho. O Brasil tem dinâmica própria de crescimento (…) Se fizermos as coisas certas, o Brasil reacelera. Se fizermos as coisas erradas, o Brasil piora”, afirmou.

O ministro avaliou que o Brasil estava com aceleração na taxa de crescimento no início do governo Bolsonaro, quando houve problemas na Argentina, em recessão, e também a crise de Brumadinho, que ele classificou como “duas tragédias econômicas e pessoal”.

“Com esses dois episódios lá, a taxa de crescimento do Brasil rachou pela metade. Estava crescendo 1,3% e caiu para 0,7% [no começo de 2019]. No final do ano [passado], já estava crescendo 1,7%. O Brasil está em plena aceleração. O mundo descendo e o Brasil começando a subir. Aí veio o coronavírus, e isso agudiza a crise” afirmou.

Questionado sobre o preço do dólar, que abriu o dia pressionado e chega a ser vendido por R$ 4,79 nesta segunda, ele disse que, “se o mundo está descendo [desacelerando], e existe uma incerteza se as reformas vão prosseguir, fica essa instabilidade [no dólar]”. “Agora se a nossa resposta for aprofundar as reformas, a coisa se acalma”, acrescentou.

“O Brasil era paraíso dos rentistas e inferno dos empreendedores. Va véspera de eleição muitas vezes o Brasil praticou populismo cambial”, disse, acrescentando que o governo está consertando o regime fiscal brasileiro. “Esse novo país tem juros mais baixos e câmbio numa faixa mais alta. E o câmbio é flutuante.”

A respeito do petróleo, cujo preço desabou neste começo de semana por causa da guerra entre grandes produtores de petróleo, Guedes observou que, quando o produto teve alta no passado, houve críticas por conta do impacto na inflação e culminou na greve dos caminhoneiros.”‘Ah, o preço do petróleo vai cair’. Quando o preço do petróleo subiu todo mundo ‘ah, greve dos caminhoneiros, terrível, a inflação vai voltar’. Aí o preço do petróleo cai e nós vamos falar o que agora? O que todo mundo vai falar?”, questionou.

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