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Uso de apps de transporte cresce em meio à reabertura. Aprenda a economizar

Chamadas por aplicativos saltou de 5,7% dos usuários no início da quarentena para 12,2% registrados na última semana

atualizado

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O uso de aplicativos de transportes, como Uber, 99 Pop e Cabify, por exemplo, vem sendo retomado gradualmente desde o início da pandemia do novo coronavírus, apesar da quarentena imposta ou recomendada pelos governadores, mas acelerou e alcançou novo pico na última semana.

Levantamento do aplicativo de gestão financeira Guiabolso repassado com exclusividade ao portal Metrópoles indica que 12,2% dos usuários disseram ter usado apps de transporte entre 29 de junho e esse domingo (5/7).

Na segunda semana da quarentena, entre 23 e 29 de março, quando boa parte do país aderiu ao isolamento social, essa taxa foi bem menor: 5,7% usaram os aplicativos.

Do total de usuários pesquisados (20 mil pessoas), cerca de 24% utilizavam semanalmente os aplicativos de transporte antes da quarentena, que começou em alguns locais na semana de 16 de março.

A economista Yolanda Fordelone, que comandou a pesquisa do Guiabolso, explica que, apesar da alta registrada no uso dos apps de transporte, os gastos com a modalidade ficaram estáveis.

Na primeira semana, as pessoas gastaram em média R$ 44,5 e na segunda, R$ 37,5. Os dados mais recentes, por sua vez, mostram que esse gasto foi de R$ 39,4 na última semana.

“São viagens, então, curtas, o que mostra que, apesar de todas as empresas não terem voltado, as pessoas estão circulando e burlando a quarentena, seja para ir no mercado ou visitar alguém”, diz a economista.

Como economizar

Antes da quarentena, no entanto, as pessoas gastavam em média R$ 63,4 por semana com apps de transporte. Além das medidas de isolamento, a especialista justifica essa queda com a crise econômica causada pela pandemia.

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“Como mais da metade das pessoas tiveram uma diminuição de renda, as pessoas tem, sim, tentando se controlar em muitos gastos, uma vez que o aplicativo de transporte é visto como um gasto não essencial”, comenta.

Apesar dessa queda, é possível economizar mais ainda. A pedido do Metrópoles, os economistas Yolanda Fordelone e William Baghdassarian, professor de finanças do Ibmec-DF, separam as seguintes dicas:

  1. Organizar: o primeiro passo é planejar e limitar os gastos. O dinheiro gasto no transporte entra em gastos essenciais, que devem representar 50% do rendimento das pessoas. Nesse grupo entra também a alimentação e educação, por exemplo. Quando esses gastos ultrapassam esse limite, é preciso repensar.
  2. Alternar: Baghdassarian recomenda a possibilidade de usar outros meios de transporte, como a bicicleta e o patinete, por exemplo, que podem trazer economia de tempo (por causa do engarrafamentos), de espaço (não é preciso estacionar) e de dinheiro, além de ser uma atividade saudável.
  3. Aproveitar: uma outra dica é usar a viagem para fazer várias coisas. “Se precisa sair de casa para ir no mercado, tenta aproveitar e passar logo na farmácia, em outros lugares próximos onde teria alguma coisa para resolver”, comenta Yolanda.
  4. Negociar: os dois especialistas são pontuais ao apontarem a negociação como uma boa forma de economizar. É o caso de ver com o chefe se há necessidade de estar presencialmente em uma reunião. Por que não fazer on-line? Ou, talvez, tentar negociar com um taxista, por exemplo, um preço mais barato que o do app de transporte.
  5. Rachar: aqui, a questão é dividir o preço da viagem ou da gasolina com um amigo, colega de trabalho ou mesmo parente. “Se vai no mercado, divide a viagem com a pessoa que você mora”, diz Yolanda. “Será que não tenho colegas de trabalho que moram perto que possam dividir a carona”, completa Baghdassarian.
  6. Pesquisar: a sexta e última dica é essencial: é preciso se informar, ou seja, saber quanto que está a gasolina e onde comprar com o menor preço e quando o valor pode aumentar, por exemplo. Baghdassarian recomenda também essa pesquisa ao pedir um app de transporte, comparando os preços dos diversos aplicativos disponíveis.

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