“Temos que passar a faca no Sistema S”, diz secretário de Guedes
“É inaceitável esse sistema não aceitar contribuir com um programa de qualificação de jovens carentes”, disparou Adolfo Sachsida
atualizado
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O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, quer “passar a faca” no Sistema S e destinar os recursos ao pagamento de bolsas para a qualificação de jovens de baixa renda. Os dirigentes das entidades, entretanto, resistem à mudança.
“Temos que passar a faca no Sistema S para passar para o jovem carente”, disse em live promovida pelo jornal Valor Econômico nesta sexta-feira (23/7). “Não podemos deixar uma geração inteira de jovens pobres ser sacrificada porque algum lobby não quer dar uma contribuição mais do que justa neste momento”, declarou Sachsida.
O programa prevê um pagamento de R$ 550 ao jovem que não pode voltar aos estudos. Metade deste valor seria pago pelo Sistema S e a outra metade pela empresa onde o jovem trabalha.
A estimativa do secretário é que o programa custe R$ 6 bilhões em recursos do Sistema S. “Temos um sistema que tem bilhões em caixa e em imóveis. Tem dirigentes que ganham R$ 60 mil por mês. É inaceitável esse sistema não aceitar contribuir com um programa de qualificação de jovens carentes”, defendeu.
Sistema S
São nove as instituições prestadoras de serviços administradas de forma independente por federações e confederações empresariais dos principais setores da economia. Eis a lista:
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai);
- Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac);
- Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi);
- Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar);
- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop);
- Serviço Social de Aprendizagem do Transporte (Senat);
- Serviço Social de Transporte (Sest);
- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).