Temor de calote de empresa chinesa faz Ibovespa despencar e dólar subir
De acordo com o banco suíço Swissquote, também há chances de impacto em empresas do setor imobiliário
atualizado
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Um possível calote da gigante chinesa Evergrande está mexendo com o mercado no mundo todo. O medo está num possível movimento de fuga de risco, que deve implicar em queda do petróleo e dispara do dólar em relação ao real. De acordo com o banco suíço Swissquote, também há chances de impacto em outras empresas do setor imobiliário, que já somam dívidas de mais de US$ 300 bilhões.
Nesta segunda-feira (20/9), as bolsas no exterior amanheceram com tendência negativa. Nos Estados Unidos, caía em torno de 1,5%. No mesmo sentimento de aversão ao risco, a bolsa chinesa derretia 8% .
“Essa preocupação no setor de construção acabou contaminando outros setores econômicos”, explica Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.
A Evergrande já anunciou a credores que não conseguirá cumprir os pagamentos de juros da dívida. “O mercado de crédito da China é muito ligado ao imobiliário, e a situação da maior construtora local poderia causar um temor ainda maior, contaminando outros setores como o financeiro”, afirmou em nota Julia Aquino, especialista em investimentos da Rico Investimentos.
O Brasil acompanha as expectativas do resto do mundo. Às 13h54, o Ibovespa estava nos 107.658,01 pontos, com queda de 3,39% em relação ao fechamento de sexta-feira, aos 111.439,37 pontos. Logo após que o mercado abriu, o índice já perdia quase 2.300 pontos.
Entre as maiores perdas da B3, estão: PetroRio (-8,22%), Braskem (-7,83%) e Via (-6,62%). Já Petrobras ON e PN perdem respectivamente 3,06% e 3,65%. Perto do mesmo horário, o dólar à vista subia 1,40%, cotado a R$ 5,3548.