Tebet após inflação desacelerar: “surpresas boas” podem vir em junho
Ministra Simone Tebet ficou otimista com números positivos nesta semana, como desaceleração da inflação e queda do dólar
atualizado
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira (12/4) que foram apresentadas sinalizações positivas nesta semana que apontam para “surpresas boas” no fim de junho.
Tebet citou a desaceleração da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,71% em março deste ano, ante 0,84% em fevereiro, de acordo com dados divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ela ainda apontou a queda do dólar, que está abaixo dos R$ 5 desde a terça-feira.
A chefe da pasta do Planejamento qualificou isso como “sinalizações positivas”. “Nós tivemos números positivos essa semana, o dólar abaixo de R$ 5, a inflação, especialmente dos alimentos”, disse Tebet a jornalistas ao ser questionada sobre os dados do IPCA e o impulso para a queda nos juros.
“Então, somado isso, somado câmbio, somado arcabouço, tributária tramitando dentro do Congresso, o ambiente político contribuindo também, acredito que nós poderemos ter surpresas boas aí para junho”, prosseguiu a ministra.
Perguntada se será possível uma redução na taxa básica de juros, a Selic, já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que ocorrerá em maio, a ministra evitou cravar: “Eu não saberia dizer. Da minha parte, eu não falo de números, a gente só de expectativas, sobre planejamento”.
A Selic é mantida no patamar de 13,75% ao ano há meses, mesmo sob pressões internacionais e críticas do governo Lula (PT).
A última reunião do Copom, responsável pela decisão sobre a taxa básica, foi nos dias 21 e 22 de março. A próxima ocorre nos dias 1º e 2 de maio. A reunião seguinte está agendada para 20 e 21 de junho.
Arcabouço fiscal
Sobre a expectativa de aprovação do novo arcabouço fiscal, regra que vai substituir o teto de gastos, a ministra disse acreditar na votação do texto pela Câmara até maio e pelo Senado até o fim do primeiro semestre.
“Eu acho até que a Câmara aprova em maio. Aí vai para o Senado, mas, lembrando que o teto de gastos, ele vigora até o final do ano. Eu estou trabalhando com orçamento na permanência do teto de gastos até 31 de dezembro. Então, ele ser votado em maio, em junho ou julho… Mas eu acredito que no primeiro semestre, até o final do primeiro semestre, o arcabouço está muito bom.”
Tebet se reúne, no início desta tarde, com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, para tratar do orçamento dessa pasta.