Taxas de juros sobem após Bolsonaro falar sobre Flávio
Os juros futuros abriram com viés de alta nesta quarta-feira (23/1), na contramão da queda do dólar ante o real
atualizado
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Após ter fechado a terça-feira (22/1), sem direção única, os juros futuros abriram com viés de alta nesta quarta-feira (23/1), na contramão da queda do dólar ante o real, e ampliaram a correção logo depois, reagindo à entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à TV Bloomberg em Davos, na qual ele menciona o escândalo envolvendo seu filho Flávio, senador eleito pelo PSL do Rio.
“Se por acaso Flávio errou e ficar provado, eu lamento como pai. Se Flávio errou, ele terá que pagar preço por essas ações que não podemos aceitar”, disse.
O IPCA-15 de janeiro, que subiu 0,30%, tem efeito limitado. Embora tenha se fortalecido ante a queda de 0,16% em dezembro, o indicador registrou agora a menor taxa para o mês em 25 anos, desde o início do Plano Real em julho de 1994.
No câmbio, o dólar recua com um movimento de realização de ganhos, após seis altas acumuladas em 2,82% ante o real. A alta do petróleo e vendas de exportador ajudam ainda a sustentar o sinal negativo. No radar está ainda uma possível emissão externa de US$ 500 milhões da Eldorado Celulose, no começo de fevereiro e a entrevista coletiva do ministro da Economia, Paulo Guedes, no começo da tarde (13h de Brasília) em Davos.
Às 9h42 desta quarta-feira, o DI para janeiro de 2020 estava em 6,50%, de 6,47% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 marcava 7,27%, de 7,23% no ajuste de terça. O vencimento para janeiro de 2023 exibia 8,40%, de 8,35%, enquanto o DI para janeiro de 2025 subia a 8,90%, de 8,86% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,49%, R$ 3,7873. O dólar futuro de fevereiro cedia 0,80%, a R$ 3,7890.