Taxa de desemprego cai para 9,3% e atinge 10,1 milhões de brasileiros
Índice recuou 15,6% em relação ao primeiro trimestre e atingiu o menor patamar para o segundo trimestre desde 2015
atualizado
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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,3%, queda de 1,8 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor índice para o segundo trimestre do ano desde 2015, quando o instituto computou taxa de 8,4%. Na ocasião, a economia estava em recessão.
A população desempregada corresponde a 10,1 milhões de brasileiros, total que caiu 15,6% (menos 1,9 milhão de pessoas desocupadas) em relação ao trimestre anterior, e 32% em relação à comparação anual.
As estatísticas oficiais consideram população desempregada como a parcela de brasileiros que está sem trabalho e segue em busca de recolocação no mercado. Quem não tem emprego e não está em busca de uma vaga não entra no cálculo.
O contingente de pessoas empregadas, equivalente a 98,3 milhões, atingiu recorde na série histórica, iniciada em 2012. Neste trimestre, o índice de pessoas ocupadas registrou aumento de 3,1% (mais 3 milhões) ante os três meses anteriores. Em relação ao mesmo período em 2021, a alta foi de 9,9%, ou seja, mais 8,9 milhões.
O nível da ocupação, estimado em 56,8%, também foi o mais alto, desde 2015, para um trimestre encerrado em junho. O dado equivale ao número de pessoas ocupadas em idade para trabalhar.
Veja os destaques da pesquisa sobre o mercado de trabalho:
- Número de desempregados recuou para 10,1 milhão de pessoas;
- Total de pessoas ocupadas bateu recorde — 98,3 milhões;
- Número de pessoas fora da força de trabalho (que têm idade para trabalhar, mas nunca trabalharam e tentam encontrar emprego) caiu 1,1%, para 67,7 milhões de pessoas;
- População desalentada (que desistiu de procurar trabalho) foi estimada em 4,3 milhões;
- Taxa de informalidade foi de 40% da população ocupada;
- Número de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou ao recorde de 13 milhões;
- Trabalhadores por conta própria somam 25,7 milhões;.
- Número de trabalhadores domésticos subiu para 5,9 milhões de pessoas;
- Renda média do trabalhador caiu 5,1% no ano e chegou a R$ 2,6 mil.
Rendimento médio
No período analisado, o rendimento real habitual, que é a renda média do trabalhador, caiu 5,1% neste ano. Atualmente, o valor está R$ 2.652, estável em relação ao primeiro trimestre.
Os números de empregados sem carteira assinada no setor privado e de brasileiros que trabalham por conta própria aumentaram no Brasil. Os dados bateram recorde no segundo trimestre deste ano.
O total de empregados sem carteira assinada no setor privado (13 milhões de pessoas) foi o maior da série histórica, iniciada em 2012. O de brasileiros que trabalham por conta própria (25,7 milhões de pessoas) também foi o maior para um trimestre desde o início da série histórica, em 2012.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), referente ao último trimestre. O levantamento do IBGE leva em consideração tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.