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Startups de carros elétricos patinam com custos crescentes de produção

Jovens empresas que fabricam até caminhões movidos a eletricidade sofrem com inflação em alta e falta de componentes para a produção

atualizado

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Startups de fabricantes de carros elétricos estão acusando o golpe dos crescentes custos de produção e falta de matéria prima, provocados pela inflação em alta nos países desenvolvidos e pela crise global em cadeias de produção. A lista de jovens empresas em apuros inclui nomes como Lordstown, que fabrica utilitários, Lucid Group, Rivian Automotive, Arrival e Canoo.

Há um ano, boa parte dessa turma estreou com festa – e cifras polpudas por ação – nas bolsas internacionais. No geral, aproveitaram-se do embalo da Tesla, de Elon Musk – o novo dono do Twitter –, hoje a montadora mais valiosa do planeta. No último trimestre, registrou ganhos de US$ 3,3 bilhões.

Para analistas, porém, a Tesla sobreviveu ao que Musk chamou de “inferno da produção” num momento peculiar. À época que ingressou no mercado, em 2000, era uma das únicas fabricantes de veículos elétricos puro-sangue do mundo. Além do mais, a concorrência de velhos gigantes, como General Motors, Volkswagen e Toyota, não existia e, mesmo quando deu sinal de vida, não passava de incipiente.

Agora, a história é outra. As grandes montadoras globais entraram pesado na briga dos elétricos e o “inferno da produção” tornou-se um lugar muito mais quente. E para sobreviver à maré baixa, a Lordstown, por exemplo, vendeu uma fábrica em Ohio, no centro-oeste americano, e mais US$ 170 milhões em ações para a taiwanesa Foxconn, a fabricante do iPhone.

Os especialistas acreditam que um aumento de vendas é uma das poucas formas de as startups de elétricos saírem do buraco. Mas, aí, retoma-se o problema original: como fabricar mais em meio a custos crescentes? Esse é o dilema das jovens empresas do setor. Ainda assim, o comércio desses veículos parece promissor. A União Europeia decidiu recentemente que, a partir de 2035, não serão mais fabricados carros à combustão no continente. Resta saber se os nanicos terão espaço nesse imenso mercado.

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