SPC: 61 milhões brasileiros começam 2020 endividados
Número é pouco menor do que o do ano anterior. Cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.257,91, aponta pesquisa
atualizado
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O volume de brasileiros com contas em atraso caiu pelo segundo mês seguido e encerrou 2019 com queda de 0,2% na comparação com o ano anterior. Em 2018, o indicador encerrou com alta de 4,4% no número de inadimplentes.
A estimativa é que aproximadamente 61 milhões de brasileiros tenham começado o ano de 2020 com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas.
Divulgados nesta quinta-feira (16/01/2020), os dados foram apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Recuperação de crédito
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, acredita que a inadimplência mais bem-comportada neste início de ano reflete um cenário de recuperação de crédito, impulsionado pelas campanhas de renegociação promovidas no fim do ano passado.
“A expectativa é de que a inadimplência siga em queda pelos próximos meses, mas a passos lentos. Mesmo com a inadimplência caindo aos poucos, as famílias ainda enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos em dia”, explica Pellizzaro Junior.
Em média, cada consumidor inadimplente deve R$ 3.257,91. O valor é 30% menor do que no início da série histórica, em 2010 (R$ 4.238,32).
Regiões
Ao analisar os resultados por região, o Nordeste apresentou a queda mais expressiva na quantidade de inadimplentes. O recuo foi de 3,2% na comparação entre dezembro de 2019 e dezembro de 2018.
No Sudeste, a variação foi pequena e ficou em 0,7%, ao passo que houve um avanço de 4,8% no Norte e de 3,8% no Centro-Oeste.
De modo geral, o Norte é a localidade mais inadimplente em termos proporcionais: a estimativa é que 47,2% dos residentes adultos da região estejam com o CPF negativado, ou 5,9 milhões de consumidores nessa situação.
Em seguid,a aparece o Centro-Oeste (42,4% ou 5,1 milhões de inadimplentes), Nordeste (40,2% ou 16,6 milhões de negativados), Sudeste (37,4% ou 25,2 milhões de pessoas com contas em atraso) e Sul (35,5% ou 8,2 milhões de inadimplentes).