Sindicato repudia planos da General Motors em deixar o Brasil
Em nota, associação de metalúrgicos de São José dos Campos e região diz que a montadora “instaura clima de apreensão entre os trabalhadores”
atualizado
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Após a General Motors, dona da Chevrolet, ameaçar sair da América do Sul em nota assinada pelo principal executivo da montadora no Brasil e na Argentina, Carlos Zarlenga, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região manifestou repúdio em comunicado à imprensa.
Na sexta (18/1), um memorando interno circulou nas fábricas alertando os funcionários sobre as perdas da marca nos últimos três anos. Segundo o texto, é “um momento crítico que exige sacrifícios de todos”.
No informe, o Sindicato dos Metalúrgicos disse que “a GM instaura um clima de apreensão entre os trabalhadores, afirmando que 2018 foi um ano de prejuízo para as plantas da América do Sul e que 2019 será decisivo para o futuro da fábrica”.
“Ressalte-se que a GM detém 20% do mercado brasileiro e não está em crise financeira”, continua o texto. “Em nome do lucro, a GM pretende demitir milhares de pais e mães de família em sete fábricas nos Estados Unidos, Canadá e, pelo que se sinaliza, América do Sul. Se for concretizada, a medida levará as cidades atingidas a passarem por inevitáveis tragédias sociais”.
Na terça (22/1), representantes sindicais de São José dos Campos e São Caetano vão se reunir com a GM em São José para discutir o caso.