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Silicon Valley Bank: Haddad diz que crise não deve ser sistêmica

Fernando Haddad afirmou que quebra da instituição financeira não deve ser sistêmica e episódio não é tratado como um Lehman Brothers

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O ministro da Economia Fernando Haddad conversa gesticulando em encontro com a Febraban - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Economia Fernando Haddad conversa gesticulando em encontro com a Febraban - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou, nesta segunda-feira (13/3), que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos, não parece ser o suficiente para gerar uma crise sistemática aos moldes de 2008.

“Eu não sei se ele vai gerar uma crise sistêmica. Aparentemente, não. Não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers, mas o fato é que é grave o que aconteceu”, disse, em evento organizado pelo Valor Econômico e o jornal O Globo.

Haddad passou o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com representantes de bancos brasileiros para colher a percepção de risco no exterior. “Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas”, afirmou.

Apesar de considerar que a quebra do banco SVB não vá causar um efeito cascata, Haddad avalia que não há informações suficientes para comprovar se a crise é setorial ou não. “Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia”, completou.

Haddad lembrou que o SVB é um banco regional, com sede na Califórnia. “O Silicon Valley não é um banco estruturante, é um banco com a carteira descasada”, declarou.

BC e Fazenda

Haddad relatou ter passado o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com bancos brasileiros para colher a percepção de risco. “Passei o final de semana com a autoridade monetária a tenho falado com o sistema financeiro brasileiro para saber qual a percepção de risco”, disse, sem dar mais detalhes.

“Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas. Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia”, afirmou.

Haddad aguarda a volta de Campos Neto da Suíça, onde está em reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS) para discutir o tema. Além disso, ele assume como presidente do Conselho Consultivo das Américas (CCA), do BIS.

O que faz o SVB

O SVB era especializado no segmento de startups e empresas de tecnologia, e ficou sem caixa após uma corrida de saques de clientes. Oficialmente, o banco foi a maior instituição financeira dos EUA a entrar em falência desde o caso do Lehman Brothers, de 2008. Na ocasião, a derrocada do banco criou uma crise no setor de hipotecas americano.

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