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Setor de serviços tem queda recorde de 7,8% em 2020, segundo IBGE

Retração registrada ao longo do ano passado supera o tombo de 5% no setor de serviços em 2016

atualizado

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idosos transporte sp
1 de 1 idosos transporte sp - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O setor de serviços encerrou 2020 com uma queda acumulada de 7,8%, informou, nesta quinta-feira (11/2), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa é a maior baixa para um ano desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012.

Dessa maneira, a retração registrada no ano passado supera a crise de 2016, durante o governo da ex-presidente de Dilma Rousseff (PF), quando houve um tombo de 5% no setor de serviços.

Os setores que mais impactaram o índice em 2020 são ligados às atividades presenciais e que, portanto, foram mais afetados pela pandemia da Covid-19.

É o caso dos serviços prestados às famílias (-35,6%), os profissionais, administrativos e complementares (-11,4%) e os transportes (-7,7%), que tiveram quedas recorde no período.

“Em termos de atividades, houve uma disseminação de taxas negativas, com quatro dos cinco setores mostrando recuo frente ao ano de 2019″, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

“O principal impacto veio dos serviços prestados às famílias, que foi pressionado pela queda na receita dos restaurantes, hotéis e serviços de bufê”, prosseguiu.

Por sua vez, o setor de serviços ficou estável (-0,2%) em dezembro frente a novembro do ano passado, interrompendo seis meses consecutivos de alta.

Ao Metrópoles, o economista-chefe da Necton, André Perfeito, explicou que o setor apresentou leve queda na margem em dezembro como resultado da forte queda dos serviços prestados às famílias (-3,6%) e contrabalançado em parte pela alta do grupo Outros Serviços (-3%).

A variação trimestral encerrada em dezembro foi de 5,82%, uma desaceleração em relação ao trimestre anterior, encerrado em setembro, que havia crescido 8,98%.

“Esta desaceleração na margem era esperada e confirma nossa hipótese de crescimento em ‘raiz quadrada’, onde ,depois de uma recuperação em V após o choque exógeno da Covid-19, os dados econômico estacionam, entre outros motivos, por conta do fim dos incentivos à demanda”, ressaltou.

“Com estes dados em mãos temos como projetar mais uma vez o IBC-Br que será divulgado amanhã. Projetamos queda no índice de atividade do Banco Central em -1,24% no mês”, prosseguiu.

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