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Sesc e Senac preveem demitir 60% com corte de Guedes no Sistema S

Para o vice-presidente da entidade, Guedes promoveu um confisco. “Oportunidade para dar a facada histórica”, disparou

atualizado

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Com a medida do governo federal de cortar pela metade a contribuição ao Sistema S, inicialmente por três meses, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) prevê uma demissão em massa no Sesc e no Senac, além de uma aceleração no processo de venda de ativos.

Em conversa com o Metrópoles, o primeiro vice-presidente da CNC, Valdeci Cavalcante, revelou nesta terça-feira (17/03) que a entidade estima uma perda de no mínimo 50% do pessoal, com previsão de chegar a 60% do quadro.

“Temos mais de 90 mil servidores entre contratados diretos e terceirizados. Caso se confirme esse corte de 50%, pelo menos reduziremos nossas atividades em percentual equivalente”, detalhou.

A baixa vai acontecer, enfatizou Cavalcanti, caso a proposta dure mais que os três meses anunciados nessa segunda-feira (16/03) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

A medida foi desenhada no âmbito do grupo de monitoramento dos impactos do Covid-19. O Ministério da Economia estima injetar R$ 2,2 bilhões na economia ao reduzir em 50% as contribuições ao Sistema S por três meses.

“Avisamos desde a campanha que o Sistema S teria que contribuir com a economia brasileira”, disse Guedes, durante a apresentação do plano emergencial.

“Facada histórica”

O vice-presidente da CNC, contudo, duvida que a ação dure apenas três meses. Isso porque, segundo ele, a estratégia de Guedes é tornar a medida provisória permanente. O Sistema S é alvo do ministro antes mesmo de assumir o cargo.

“Podemos aguentar um sacrifício [de três meses]. Mas temos convicção de que não será só três meses. Essa é a oportunidade que o Paulo Guedes conseguiu para dar a facada histórica que tanto sonhou”, disparou Cavalcanti.

Durante a disputa entre Guedes e as principais entidades do Sistema S, o ministro estudou a possibilidade de cortar a contribuição e destiná-la ao programa Bolsa Família.

Segundo Cavalcanti, o programa perdeu 90% das receitas desde 1942, quando foi criado. A venda de ativos das entidades, portanto, vai se intensificar com o “plano” de Guedes, explica o vice-presidente.

Ele afirmou que vai entrar na Justiça até a noite desta próxima quinta-feira (19/03) contra a medida do ministro da Economia.

A maioria das propostas apresentadas precisam passar por aprovação do Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contudo, demonstrou que as medidas emergenciais contra o novo coronavírus serão prioridade no Legislativo.

“O governo está fazendo benesse com o sistema alheio”, finalizou Cavalcanti, ao enfatizar que o dinheiro do Sistema S não é de origem pública, mas empresarial.

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