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Servidores protestam contra reforma da Previdência em São Paulo

Ato ocorre em frente à Câmara Municipal, na capital paulista, Medida passará por discussão final nesta quarta (26/12)

atualizado

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NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO
Protesto contra o SAMPAPREV em SP
1 de 1 Protesto contra o SAMPAPREV em SP - Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Servidores municipais de São Paulo ocuparam e bloquearam totalmente o trânsito nos dois trechos do viaduto Maria Paula, em frente à Câmara Municipal, no centro da capital. Eles protestam contra a reforma da Previdência. A medida foi aprovada em primeira votação e irá para discussão final nesta quarta-feira (26/12). Caso seja aprovado, o texto seguirá para sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Efetivos da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal acompanham a manifestação. O sindicato está com um carro de som em frente à Câmara e estima que cerca de 10 a 12 mil servidores estejam no protesto.

Os vereadores já iniciaram a discussão sobre o projeto que prevê a reforma da previdência dos funcionários públicos. Os parlamentares devem votar o projeto já no início desta tarde.

Célia Cordeiro da Costa, diretora do Sinpeem, diz acreditar que a grande mobilização de servidores nesta quarta pode barrar a aprovação do projeto em segunda votação. “Os trabalhadores estão indignados com essa manobra, de aprovar o projeto no fim do ano. Por isso, a adesão é grande e a população está do nosso lado”, disse.

Os servidores dizem que, caso o projeto seja aprovado, poderão entrar em greve no início do próximo ano para tentar reverter a decisão. “Vai depender da decisão da Assembleia, mas vamos colocar em pauta a greve. Pode ser que não seja logo no início de janeiro, pois vamos precisar de mais mobilização, mas, com certeza, é uma possibilidade”, disse Célia.

Os servidores do lado de fora da Câmara gritam palavras de ordem, como “se votar, não volta”, em referência à paralisação.

Com 33 votos favoráveis e 16 contrários, os vereadores aceitaram na madrugada do último sábado (22), a proposta do Executivo. A medida prevê aumento da alíquota de contribuição dos funcionários públicos de 11% para 14% e a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior a R$ 5,6 mil. Na prática, esses funcionários teriam um teto de aposentadoria similar ao do sistema privado.

As discussões de sexta-feira (21), foram marcadas por confusão e empurrões. Logo após o início da audiência pública, realizada antes da votação, Samia Bonfim (PSOL) e Janaína Lima (Novo) trocaram ofensas na Mesa da Casa. Uma hora depois, durante a fala da PSolista, Fernando Holiday (DEM) subiu ao púlpito para interromper a colega, dizendo que o tempo dela já havia acabado. Toninho Vespoli, também do PSOL, reagiu para defender a colega e os dois trocaram empurrões.

A situação ficou ainda mais tensa quando o presidente da Casa, Milton Leite (DEM), tentou iniciar a sessão de votação sem que todos os inscritos a falar fossem ouvidos. Representantes dos servidores e vereadores contrários protestaram.

O texto avaliado pelo Legislativo estava diferente do que vinha sendo discutido desde o início do ano. De última hora, a gestão Covas enviou um substitutivo com duas alterações principais, o que fez com que a proposta precisasse passar novamente pelas comissões temáticas. Isso ocorreu perto das 22h de sexta. Na sequência, o projeto foi discutido no plenário e, então, votado.

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