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Servidores do BC planejam entregar funções após ficarem sem reajuste

Funcionários do Banco Central estão desde janeiro de 2019 sem qualquer reajuste, enquanto a inflação acumula alta de 19,1% no mesmo período

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1 de 1 Banco Central do Brasil - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Servidores do Banco Central (BC) planejam entregar suas funções e promover paralisações após a categoria amargar mais um ano sem reajuste.

Por outro lado, o texto do Orçamento 2022, aprovado nessa terça-feira (21/12) pelo Congresso, inclui R$ 1,7 bilhão para reajuste e reestruturação de carreiras de policiais federais. Incluída de última hora, a decisão atende a reivindicação do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Estamos descontentes, pois o reajuste deveria ser para todo mundo, até porque a inflação atingiu todo mundo”, desabafou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, ao Metrópoles, nesta quarta-feira (22/12).

“A gente está construindo um calendário de mobilizações. Vamos começar com uma cobrança ao presidente [do BC], Roberto Campos Neto, para que se posicione. A gente pede que isso seja revertido. Precisamos pelo menos de uma reposição da inflação. Se nada disso acontecer, prevemos a entrega de funções e paralisações”, complementa o sindicalista.

Os funcionários do BC estão desde janeiro de 2019 sem qualquer reajuste, enquanto a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 19,1% no mesmo período.

Também descontentes com a falta de reajuste, peritos médicos federais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prometeram adotar todas as medidas necessárias, “inclusive as mais gravosas, para se fazerem respeitados e valorizados”. A categoria critica, ainda, a não reposição do quadro de funcionários.

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“A falta de correção dessas fragilidades da carreira, somada à ausência de reajuste salarial, somente demonstra a completa desvalorização dos seus servidores, que tanto se dedicam e se esforçam em prol da nação”, afirma a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), em nota publicada nesta quarta.

“Se a categoria decidir pela paralisação, estaremos preparados para fornecer todo o suporte jurídico necessário”, prossegue Paulo Liporaci, advogado da ANMP.

Debandada na Receita

Ao menos 324 servidores da Receita Federal do Brasil (RFB) pediram exoneração de seus cargos após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento 2022.

A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco). A entidade ainda estima que o número de servidores que pretendem entregar os cargos pode chegar a 500.

Os recursos do órgão foram reduzidos a menos da metade.

O grupo de servidores da Receita também protesta contra a falta de regulamentação de uma lei vigente desde 2017, que prevê bônus por produtividade para a categoria.

Os pedidos de exoneração incluem auditores fiscais e analistas tributários que atuam em cargos de confiança da Receita Federal, como delegados e chefes do órgão tributário em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, entre outros estados.

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