metropoles.com

Senado adia votação de PL que muda cobrança de ICMS sobre combustíveis

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comprometeu-se a pautar a matéria para 8 de março (terça-feira)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fábio Vieira/Metrópoles
Posto de combustível gasolina - Preço
1 de 1 Posto de combustível gasolina - Preço - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Senado Federal adiou, nesta quarta-feira (23/2), a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020, que altera a Lei Kandir para mudar a cobrança tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O adiamento ocorreu após falta de acordo para a aprovação da matéria.

O relator da proposta na Casa é o senador Jean Paul Prates (PT-RN). Ela já havia sido aprovada na forma de substitutivo pela Câmara em 13 de outubro do ano passado e desde então está sob análise do Senado.

Ao anunciar o adiamento da votação, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se comprometeu a pautar a matéria para 8 de março. “Essa matéria se encontra na pauta como uma grande e extrema prioridade. São projetos prioritários para o Senado pela razão simples: a necessidade de providência ao aumento extraordinário do preço dos combustíveis no Brasil”, defendeu o senador.

A proposta prevê novas regras para operações combustíveis e repassa ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a responsabilidade de definir as alíquotas.

As mudanças, de acordo com o relator, foram promovidas para driblar vícios de inconstitucionalidade “insuperáveis” que estavam previstos na redação vinda da Câmara. Segundo o petista, os contornos definidos pelos deputados “ofendem a autonomia dos estados e do Distrito Federal quanto à regulação do ICMS”.

Justamente por promover alterações no sistema tributário e, consequentemente, na arrecadação dos estados, a proposta enfrentou forte resistência entre governadores, que já haviam externado preocupação com a aprovação da matéria.

Em síntese, o substitutivo proposto pelo relator resgata a proposta original do PLP para disciplinar a monofasia na cobrança do ICMS, ressalvada a necessária regulamentação por parte dos estados, por meio do Confaz.

A ideia, segundo o relator, é a de “dar o pontapé inicial para a aplicação da monofasia na cobrança do ICMS sobre os combustíveis”. A regulamentação, ainda conforme o petista, é necessária para adoção de uma alíquota uniforme nacional e, consequentemente, da simplificação tributária.

O senador também propôs ampliar o alcance do auxílio-gás, de modo que o benefício alcance até 11 milhões de famílias. Atualmente, 5,4 milhões de famílias são atendidas pelo programa social. O dinheiro usado para financiar essa extensão virá dos recursos recebidos pela União após os leilões dos campos petrolíferos de Atapu e Sépia. O parlamentar afirma que a ampliação não terá impacto fiscal, já que a proposição indica a fonte primária para a custear a despesa.

Alíquotas

Como alternativa aos problemas encontrados na proposição da Câmara, o parlamentar sugere que a nova redação da matéria permita que as alíquotas possam incidir de duas formas: de maneira fixa sobre o litro do combustível ou como um percentual sobre a operação. Caberá a cada estado decidir sobre a modalidade a ser usada.

De acordo com o texto, a alíquota será definida pelo Confaz. O PLP estabelece que a alíquota será ad rem (fixa por unidade de medida) e que o valor do imposto será calculado sobre o volume e não em relação ao preço do produto.

Outro ponto relevante proposto por Prates é a cobrança monofásica do ICMS ao importador e produtor do combustível, (gasolina, diesel, etanol, gás de cozinha, GLP e do querosene de aviação).

A redação determina que todos os estados e o Distrito Federal poderão aderir à monofasia. O objetivo, segundo o relator, é simplificar a cobrança do imposto em território nacional.

O parecer do relator aponta estimativas de redução do preço final praticado ao consumidor de, em média, 8% para a gasolina comum, 7% para o etanol hidratado e 3,7% para o diesel. Para o cálculo, o parlamentar considerou o levantamento mensal realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?