Secretário do Tesouro pediu demissão por “questão de princípio”
A mensagem de Funchal aos funcionários difere da nota divulgada pelo Ministério da Economia sobre a demissão, que alega motivos pessoais
atualizado
Compartilhar notícia
Antes de pedir exoneração de seu cargo, o ex-secretário do Tesouro e Orçamento Bruno Funchal reuniu a equipe para explicar os motivos da demissão, afirmando que não tinha mais condições de permanecer como secretário. De acordo com interlocutores ouvidos pelo Metrópoles, ele justificou a saída por “uma questão de princípio”.
A mensagem passada aos funcionários difere da nota divulgada pelo Ministério da Economia sobre a demissão, que alega apenas “motivos pessoais”. Na conversa, ele teria dito que fez de tudo para defender o teto de gastos e a permanência da PEC dos precatórios da forma como estava.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) confirmou, em parecer da PEC dos Precatórios, nesta quinta-feira (21/10), que a folga do teto de gastos em 2022 será “pouco acima de R$ 83 bilhões”, conforme desejava o governo para viabilizar o pagamento de R$ 400 aos beneficiários do Auxílio Brasil determinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Depois da definição, fontes relataram que tornou-se insustentável a permanência de Funchal no cargo. A saída do secretário já estava sendo uma ameaça desde que o valor do Auxílio Brasil foi anunciado por Bolsonaro.
Junto a ele, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos, “por razões pessoais”.