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Saiba como investir no Tesouro Direto e dar mais segurança ao seu dinheiro

Tesouro Direto tem terceiro mês consecutivo de emissão líquida e saldo positivo superou R$ 330 milhões

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As aplicações em títulos do Tesouro Direto registraram em junho deste ano um saldo positivo de R$ 330 milhões. Na prática, isso significa que foram realizadas neste mês mais entradas do que saídas (resgates).

Foi o terceiro mês consecutivo de emissão líquida, segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. No entanto, isso não quer dizer que mais brasileiros estão investindo no Tesouro Direto.

Ao se comparar o número de operações – ou seja, o número de compras de títulos públicos que as pessoas fizeram – no primeiro semestre deste ano, há uma queda ao se comparar com o mesmo período do ano passado.

O Tesouro Direto é um programa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% on-line. É como se a pessoa emprestasse certa quantidade de dinheiro ao governo, que pagaria de volta com juros. Existem diferentes tipos de rentabilidade, como as taxas prefixada, ligadas à variação da inflação ou à variação da taxa Selic.

A baixa entre os primeiros seis meses de 2019 e de 2020 foi de 689 mil operações. O pesquisador do FGV Ibre Matheus Rosa Ribeiro ressalta que essa baixa foi registrada, inclusive, em todas as faixas de valores.

O número de operações em títulos públicos de até R$ 1 mil, por exemplo, caiu 401 mil na primeira metade deste ano, marcada pelo estopim da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

“Além disso, de janeiro até aqui, o valor resgatado de títulos é maior do que o valor das compras. Ou seja, o montante que as pessoas tiraram do Tesouro Direto é maior do que o que elas colocaram”, explica.

Apesar das baixas, o planejador financeiro CFP da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar) Leonardo Gomes explica que o tesouro segue como um dos investimentos mais seguros do mercado brasileiro.

Ele separou algumas dicas, sobretudo para quem está começando agora, para investir no Tesouro Direto de maneira saudável. “Nem todo mundo tem o perfil de renda variável e prefere, mesmo que ganhando retornos menores, a certeza de quanto vai receber”, diz.

Quais os seus objetivos?

O planejador financeiro explica que os investimentos precisam estar sempre atrelados aos seus objetivos. Ou seja, a carteira não pode ser montada buscando o maior retorno financeiro, mas sim a realização dos projetos de vida.

“O que quer fazer? Pode criar um fundo de reserva, investir para a aposentadoria ou para a faculdade do filho, comprar um novo imóvel, trocar de carro, fazer duas viagens ao ano”, elenca Leonardo Gomes.

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O Tesouro prevê que a DPF continuará a subir

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Dessa maneira, é com base nesses objetivos que se deve definir como, onde e quanto se investe. “Se a pessoa tem mais objetivos de longo prazo do que de curto prazo, ele deve fazer investimentos mais longos do que curtos”, diz.

Logo, ele ressalta que o valor do investimentos que as pessoas devem fazer em cada título depende, também, do estilo de vida da família e do tempo de realização dos objetivos.

“As pessoas não tem dividir logo a carteira percentualmente, mas entender quais os objetivos são de curto, médio e longo prazo e, de acordo com a quantidade de perfil desses objetivos, alocar a sua carteira”, afirma.

Começando agora

A princípio, o planejador financeiro diz ser importante que a pessoa comece investindo aos poucos, mesmo que seja em títulos do Tesouro Direto. O mais simples, segundo ele, é o Tesouro Selic, que está atrelado à taxa básica de juros.

Hoje, a taxa Selic está em 2,25% ao ano, o menor patamar da história. Um investimento alocado nesse título renderá em 2025, por exemplo, a taxa básica de juros mais 0,03% ao ano.

Além disso, a taxa de custódia cobrada pela B3 nos investimentos do Tesouro Direto não incidirá, a partir de 1º de agosto, sobre os valores aplicados no título Tesouro Selic até o estoque de R$ 10 mil, aumentando, assim, a rentabilidade.

“É um investimento que tem uma melhor liquidez, apesar de ter um rendimento menor”, diz Leonardo Gomes. No entanto, há ainda outros títulos que podem ser analisados, como o Tesouro IPCA+, atrelado à inflação.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registra a inflação do país, foi de 2,13% nos últimos 12 meses – o índice registrou uma forte queda com a chegada da pandemia do novo coronavírus.

Se a pessoa está precisando fazer um investimento a longo prazo, como a aposentadoria, por exemplo, vai fazer sentido o tesouro IPCA+”, explica o planejador financeiro CFP.

O governo federal oferece o Tesouro IPCA com juros semestrais até 2055. Neste caso, a rendimento vai ser a inflação mais 3,73% ao ano. Simule aqui outras operações no Tesouro Direto.

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