Ritmo de queda da produção e do emprego na indústria diminui
Nível de utilização da capacidade instalada ficou estável em 63% em janeiro, 5% abaixo da média para o mês entre 2011 e 2016
atualizado
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O ritmo de queda na produção e no emprego em janeiro diminuiu em relação a dezembro. Isso representa sinais de melhora para a indústria brasileira. O índice de crescimento da produção aumentou 3,5 pontos frente ao mês anterior e alcançou 44,2 pontos em janeiro. O número de empregados atingiu 46 pontos, 1,3 ponto a mais que o registrado em dezembro.
Ambos continuam abaixo dos 50 pontos, mas estão acima do registrado nos meses de janeiro de 2015 e 2016, destaca a Sondagem Industrial, divulgada nesta segunda-feira (20/1) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 indicam queda na produção e no emprego e quanto menores os índices maior e mais disseminada é a retração.
A ociosidade no setor continua alta. O nível de utilização da capacidade instalada ficou estável em 63% em janeiro, cinco pontos percentuais abaixo da média para o mês entre 2011 e 2016. O indicador de estoques efetivos em relação ao planejado ficou em 49,9 pontos em janeiro, praticamente sobre a linha divisória dos 50. Isso significa que os estoques estão ajustados aos planos dos empresários.As expectativas em relação à demanda e às exportações são positivas. Os indicadores de perspectivas em relação à demanda e às exportações ficaram acima dos 50 pontos em fevereiro, mostrando que os empresários esperam o aumento do consumo e das vendas externas nos próximos seis meses.
Mas as previsões sobre a compra de matérias-primas e o emprego são negativas. O indicador de expectativa de número de empregados caiu de 46,4 pontos em janeiro para 45,4 em fevereiro, indicando que a previsão é de mais demissões nos próximos seis meses.
Investimentos
Outro sinal positivo foi o aumento do índice de intenção de investimentos, que subiu para 46,9 pontos em fevereiro, ou 1,6 acima do registrado em janeiro. “O índice de fevereiro é o maior registrado desde abril de 2015”, observa a CNI. “Na comparação anual, com fevereiro de 2016, o índice apresentou crescimento de 7,1 pontos”, informa a pesquisa.
Esta edição da Sondagem Industrial foi feita de 1º a 13 de fevereiro com 2.462 empresas em todo o país. Dessas, 1.026 são pequenas, 871 são médias e 565 são de grande porte.