Risco coronavírus leva dólar a novo recorde histórico: R$ 4,35
Bancos seguiram cortando projeções de crescimento este ano da China, da economia mundial e do Brasil
atualizado
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O dólar voltou a fechar em nível recorde nesta terça-feira (18/02/2020), em novo dia de fortalecimento generalizado da moeda norte-americana no mercado internacional. As preocupações com o coronavírus se ampliaram após a gigante de tecnologia Apple alertar que não vai conseguir cumprir metas de vendas por conta dos efeitos na cadeia produtiva de tecnologia.
Bancos seguiram cortando projeções de crescimento este ano da China, da economia mundial e do Brasil. No mercado à vista, o dólar fechou com valorização de 0,65%, a R$ 4,3574. Na máxima, foi a R$ 4,3613.
Em 12 sessões de fevereiro, o dólar caiu somente em quatro, duas delas com leilões extraordinários do Banco Central. Nesta terça, a instituição fez somente o leilão de rolagem de swap, vendendo o lote integral de 13 mil contratos.
“O dólar se fortaleceu quase no mundo todo”, justificou no final da tarde o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacando que a desvalorização cambial não foi acompanhada de piora da percepção do Brasil, como ocorreu em outros momentos.
Ibovespa
O alerta da Apple sobre o impacto do coronavírus no seu resultado concretizou temores e foi o condutor da aversão a risco global. O Ibovespa amargou perdas durante toda a sessão com uma oscilação de quase 2 mil pontos entre a máxima, de 115 309,22, e a mínima 113.532,04 pontos.
O principal índice à vista da B3 encerrou o pregão em queda de 0,29%, aos 114.977,29 pontos.