Recuperação parcial “evapora” e bolsa fecha com novo tombo: 7,64%
Investidores reagiram à declaração da OMS de pandemia de coronavírus. Aposta em efeitos econômicos severos tira confiança do mercado
atualizado
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Não adiantou o segundo acionamento do circuit breaker da semana: a B3, bolsa de valores brasileira, terminou o pregão desta quarta-feira (11/03) anulando a recuperação parcial obtida na véspera: a queda de 7,64% fez evaporar a alta de 7,14% da terça-feira (10/03). O desempenho fez o Ibovespa voltar ao patamar da segunda-feira, quando teve o maior tombo desde 1998, com -12,17%.
Nesta quarta-feira, o desempenho foi afetado diretamente pela decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar a situação do coronavírus como uma pandemia (registro de casos na maior parte das regiões do mundo). A oficialização da dramaticidade do cenário de propagação “em níveis alarmantes” do vírus, e seus já evidentes impactos na atividade econômica mundial, levaram os investidores a novamente vender mais do que comprar.
Após meia hora de interrupção do pregão pelo circuit breaker, uma espécie de suspensão compulsória para tentar acalmar os investidores, acionado quando o Ibovespa caía 10,11%, no início da tarde, a bolsa aprofundou o tombo, que chegou a ultrapassar os 12%. Mais para o fim do pregão, o desempenho deu uma leve melhorada, mas apenas o suficiente para levar a queda aos 7,64%.
Foi a segunda parada do tipo na semana. Na segunda-feira (09/03), o circuit breaker também não adiantou. O pregão terminou com queda de 12,17%, o maior desde 1998.
Foi a 19ª vez que o mecanismo foi acionado desde sua adoção em 1997.