Receita diz que identifica fraudes em 25% dos procedimentos fiscais
Órgão está trabalhando de forma intensa no combate a fraudes e melhorias no sistema tributário
atualizado
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A Receita Federal identifica fraudes em aproximadamente 25% dos procedimentos fiscais realizados no Brasil, disse nesta terça-feira (6/3) o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Ele afirmou que o órgão está trabalhando de forma intensa não apenas no combate a essas fraudes, mas na discussão de como melhorar o sistema tributário.
“Estamos trabalhando na identificação de fraudes de forma intensa. Estamos identificando as fraudes e, junto com a direção da empresa, estamos trabalhando para identificar o mecanismo que soluciona essa dívida”, disse.
Em 2017, a Receita Federal bateu recorde de autuações, alcançando R$ 204,99 bilhões em créditos tributários, o maior valor desde 1968.Sistema tributário tem distorções, diz secretário
Jorge Rachid destacou as distorções que existem no sistema tributário brasileiro. No país, os impostos recaem tanto na origem das mercadorias e serviços quanto no destino, quando são adquiridos, e as regras variam dependendo do setor e produto. Ele ressalta que, em outros locais, a incidência é no consumo.
A simplificação tributária, com a reforma do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), é um dos 15 pontos que o governo destacou como prioridade do ponto de vista fiscal e econômico, após o adiamento da votação da reforma da Previdência.
A necessidade de uma reforma tributária também foi colocada em pauta com a recente visita de representantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao Brasil.
A OCDE reúne economias desenvolvidas, como Estados Unidos, Japão e países da União Europeia, sendo vista como um “clube dos ricos”, apesar da entrada de economias emergentes. São 35 países membros. O Brasil acompanha as atividades do grupo desde 1994 e tramita, desde 2017, um pedido de adesão à organização. Para que seja aceito, são necessárias algumas adequações.
“Qual seria a reforma ideal? Unir imposto sobre consumo e ter uma regulação centralizada. Mas é factível? É viável para os estados, que, pelo princípio federativo, têm o poder de tributar? Temos que buscar realismo”, afirmou.
Rachid destacou a necessidade da simplificação tributária e diz que o órgão trabalha na reforma do PIS/Cofins a ser apresentada ao Congresso Nacional. O secretário diz que a intenção é que as alterações, uma vez aprovadas, sejam implementadas por etapas.