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Queda no varejo: brasileiro compra menos no mercado e abastece mais

Segundo o IBGE, as vendas caíram 0,8% em julho, na comparação com junho. No entanto, a atividade de combustíveis cresceu

atualizado

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Leonardo Arruda/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 varejo loja comércio - Foto: Leonardo Arruda/Especial para o Metrópoles

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (14/9), que as vendas do comércio varejista caíram 0,8% em julho, na comparação com junho. É a terceira queda consecutiva. Das 10 atividades analisadas, nove recuaram em julho. Apenas o setor combustíveis e lubrificantes cresceu no período analisado — 12,2% em relação ao mês anterior –, resultado do recuo nos preços cobrados nas bombas.

No acumulado do ano de 2022, as vendas subiram 0,4%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de 1,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

O mês de abril foi o último com crescimento este ano. O trimestre de maio, junho e julho acumula recuo de 2,7%. Por conta desses resultados, o setor se encontra praticamente do mesmo nível do período pré-pandemia, fevereiro de 2020, com variação de 0,5%.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira queda seguida após meses de alta demonstra a retomada da trajetória irregular detectada desde o período mais grave da pandemia.

“O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade”, explica. “Esse patamar já esteve muito mais alto. Em julho de 2021, apresentou 5,3% acima de fevereiro de 2020”, relembra Santos.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,7% frente a junho e 6,8% contra julho de 2021.

Foi observada queda em nove das 10 atividades pesquisadas, contando com o varejo ampliado. O maior recuo foi em Tecidos, vestuário e calçados (-17,1%).

As demais quedas foram em Móveis e eletrodomésticos (-3,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,4%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%). Já no comércio varejista ampliado, ambas os setores tiveram queda: Veículos e motos, partes e peças (-2,7%) e Material de construção (-2,0%).

Queda na maioria dos estados

Na passagem de junho para julho, houve resultados negativos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Bahia (-3,1%), Rio de Janeiro (-3,1%) e Maranhão (-2,8%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 7 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Mato Grosso (3,5%), Paraná (1,7%) e Amapá (1,5%).

Já no confronto com julho de 2021, também houve queda em 20 das 27 UFs, com destaque para: Rondônia (-24,1%), Tocantins (-11,4%) e Acre (-11,3%), enquanto, no lado das altas, ressalta-se a influência de Roraima (10,1%), Alagoas (5,8%) e Ceará (2,5%).

A PMC é uma pesquisa que traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado. Ela investiga a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.

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